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Empório Coisas de Minas quer levar produtos regionais para todo país e dobrar de tamanho em 2024

Fonte: Redação

Toda vez que visitava a família em Muzambinho, no sul de Minas Gerais, a empreendedora Lilian Lisa voltava para São Paulo com a mala lotada de encomendas dos amigos. Carregava pão de queijo, doce de leite, pamonha e outras delícias na bagagem. Os pedidos foram aumentando tanto que a mineira viu ali uma oportunidade de negócio. Era o início do Empório Coisas de Minas, atualmente uma rede de franquias com 13 lojas e receita de R$ 9 milhões.

Lilian Lisa mudou-se para a capital paulista em 2004, recém-formada em farmácia, mas sempre teve a veia comercial pulsante — os pais são comerciantes há décadas. Empreender era algo que estava em seu radar, pois queria ter horário mais flexível por conta da família. Em 2007 ela se casou com Juliano Lisa, com quem teve dois filhos.

Foi conversando com a mãe numa das viagens à cidade natal que surgiu a ideia de investir nos produtos que os amigos paulistas seguiram encomendando. “Entendemos que os produtos tinham um diferencial, por serem praticamente exclusivos da região. Nosso porta-mala continuava voltando para São Paulo carregado, incluindo cafés, cachaças, queijos e compotas”, cita Lilian.

Em 2013, no bairro da Mooca, foi inaugurado o primeiro Empório Coisas de Minas, com investimento de R$ 120 mil. Era uma pequena porta, apenas para venda dos produtos 100% mineiros. Menos de um ano depois, no espaço de 25 metros quadrados, foram instaladas duas mesas com cadeiras para servir um “cafezim com pãozin de queijo” a quem quisesse vivenciar um pouquinho da experiência na fazenda.

Primeira unidade do Empório Coisas de Minas, na Mooca, em São Paulo — Foto: Divulgação
Primeira unidade do Empório Coisas de Minas, na Mooca, em São Paulo — Foto: Divulgação

O café se tornou um dos campeões de pedidos. Os clientes achavam muito diferente coar a própria bebida à mesa, em um coador de pano individual. Detalhe: tudo seguindo a tradição mineira do pó com água quente dentro do bule. A estrutura minúscula do salão não deu conta dos interessados, que formavam fila esperando as mesas vagarem.

Franquias:

A necessidade de expansão era óbvia. O marido pediu demissão no trabalho e tornou-se sócio no empreendimento, após o conceito do Empório ser redesenhado. Foi em 2016 que o novo modelo realmente ganhou forma e avolumou-se. O espaço agora maior, com dez mesas, seguia o tripé que desde então resume os pilares do negócio, oferecendo aos clientes uma experiência visual, auditiva e, também, de paladar.

O negócio já não era apenas um empório, mas uma cafeteria com arquitetura e decoração com jeitinho de casa de interior e itens que resgatam memórias afetivas e o ar nostálgico de um lar mineiro. Não faltam o som ambiente tocando moda de viola, tal qual os radinhos de pilha nos habitações interioranas.

Até hoje, o cardápio inclui todos os salgados, bebidas e quitandas que eram importados de Muzambinho quando a dona ainda trabalhava na indústria farmacêutica, mas ganhou outros itens, como bolos, pão com linguiça e pastéis de angu, entre mais opções. Tudo é produzido em Minas Gerais e comprado de fornecedores que passam por um processo de homologação pela franqueadora, obedecendo critérios de qualidade e segurança alimentar.

Café e pão de queijo fazem sucesso no Empório Coisas de Minas — Foto: Divulgação
Café e pão de queijo fazem sucesso no Empório Coisas de Minas — Foto: Divulgação

Entre os mais vendidos do portfólio atual, destacam-se: café coado, pão queijo tradicional e recheado feito com queijo canastra, pamonhas, pudim, rosquinhas artesanais, pão de queijo frito recheado com requeijão cremoso, geleia de pimenta defumada e biscoitos de polvilho.

Franchising de comida mineira

Em 2017, diante do potencial de franquia que só se confirmava com a procura em outros bairros e cidades, a primeira unidade foi inaugurada no Tatuapé. De lá para cá, a expansão só cresceu, mesmo tendo desacelerado na pandemia, entre 2020 e 2021.

A Empório Coisas de Minas fechará 2023 com 13 unidades e pretende chegar a, pelo menos, 25 lojas até o final de 2024. A abertura de uma loja exige investimento de aproximadamente R$ 350 mil, incluindo-se aí as taxas de franquia e de instalação, capital de giro, estoque inicial e arquitetura.

Atualmente, das 13 lojas da rede, 12 são franqueadas em São Paulo, tanto na capital quanto interior, e na Bahia. A mais recente — um quiosque em formato de carro de boi — foi aberta dentro do Salvador Shopping, a primeira franquia de shoppings da Empório Coisas de Minas.

Outros projetos também estão no radar dos empreendedores, inclusive propostas internacionais já em estudo. Se tudo der certo, serão implementados em 2025.

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