Está em busca de ações na bolsa de valores que se destacam por práticas ESG? O BTG Pactual apresentou as suas 10 escolhas para maio para quem tem como objetivo aplicações responsáveis.
Portanto, a Carteira ESG do mês do banco reúne Eletrobras, Embraer, Iguatemi, Itaú e Localiza. Assim como Lojas Renner, Marcopolo, Mercado Livre, Raízen e Santos Brasil.
Sendo que Iguatemi é a novidade no portfólio, substituindo os papéis da B3.
“Iguatemi vem apresentando um sólido desempenho operacional. Graças a um portfólio de shoppings dominante e um controle rigoroso de custos e despesas.”
Ao mesmo tempo, entre os destaques do setor financeiro, o BTG destacou a manutenção das ações do Itaú na carteira de práticas ESG.
“O banco realizou a transformação digital mais eficaz entre os bancos incumbentes.”
“O que acreditamos que permitirá aumentar a diferença de ROE sustentável em relação aos concorrentes.”
Adicionalmente, o BTG mencionou porque prefere Lojas Renner e Mercado Livre no setor de consumo.
“Esperamos que os resultados da Renner melhorem gradualmente ao longo do ano. À medida que as taxas de juros caem e as condições de crédito melhoram.”
“Também mantemos o Mercado Livre. Que vemos como um vencedor entre as empresas de e-commerce brasileiras, com espaço para consolidação.”
Logo, você confere a seguir um resumo das práticas ESG e das escolhas do BTG para carteira de maio.
Iguatemi (IGTI11)
“As questões materiais da Iguatemi abrangem gestão ambiental e crescimento sustentável. Desenvolvimento de uma comunidade diversa, alegre e próspera. E manutenção de uma cadeia de valor ética, justa e sustentável.
Em termos de governança ESG, a Iguatemi possui tanto um comitê quanto uma comissão ESG. A comissão supervisiona a gestão da agenda de sustentabilidade, enquanto o comitê é responsável pela governança ESG.
A Iguatemi implementou iniciativas ecoeficientes, como a ampliação do uso de energia renovável. Redução do percentual de resíduos destinados a aterros sanitários (atingindo 82% de reaproveitamento de resíduos em 2022, com meta de 90% para 2023).
Aumento da captação de água por meio de novos poços, instalação de equipamentos de economia de energia. E automação dos sistemas de ar-condicionado e elétricos para aumentar a eficiência dos shoppings.
O compromisso da empresa com a diversidade, abrangendo todas as interseções. E, acima de tudo, a inclusão de todos, é evidente em sua participação desde 2020 no programa Empoderando Refugiados.
Este programa foca em melhorar a empregabilidade de mulheres refugiadas, solicitantes de asilo e migrantes que buscam reconstruir suas vidas no Brasil.”
Eletrobras (ELET3)
“A Eletrobras planeja atingir a neutralidade de carbono até 2030. Ee um marco importante nessa estratégia foi a recente venda do complexo Candiota.
Além disso, a empresa planeja investir em algumas frentes. Na recuperação nas bacias dos rios São Francisco e Parnaíba. Iniciativas de redução de custos estruturais para geração de energia na Amazônia. E para navegação nos rios Madeira e Tocantins.
Recuperação dos cursos de água em bacias hidrográficas dentro da área de influência das usinas hidrelétricas Furnas, seja diretamente pela Eletrobras ou por meio de Furnas.
Adicionalmente, a Eletrobras também se dedica a manter vários padrões de conformidade e governança. Como 100% de transparência nas relações com autoridades governamentais; 100% da cadeia de valor de alto risco treinada de acordo com princípios de integridade; canais de denúncia 100% transparentes.
No campo da diversidade, em 2022, a empresa realizou um Censo de Diversidade. Para compreender a composição de sua força de trabalho em termos de fatores como raça, religião e orientação social, entre outros.
Além disso, eles alcançaram um marco considerável. Com 24% de todos os cargos de gestão sendo ocupados por mulheres, superando a representação total de mulheres em sua força de trabalho, que é de 19%.”
Embraer (EMBR3)
“Os compromissos da Embraer com o ESG incluem atingir a neutralidade de carbono em suas operações até 2040. Usando 100% de energia de fontes renováveis e aumentando gradativamente o uso de combustível de aviação sustentável (SAF) em seus voos.
Desenvolvendo produtos baseados em novas tecnologias sustentáveis, como propulsão elétrica, híbrida e a hidrogênio.
Logo, ter 100% da energia elétrica proveniente de fontes renováveis até 2030.
Assim, para a meta de emissões líquidas zero em 2050, a empresa espera alcançá-la principalmente por meio de desenvolvimento de produtos, serviços e tecnologias sustentáveis disruptivos. Por exemplo, eletrificação, SAF.
Trabalho conjunto com fornecedores para fazer suas aeronaves voarem com 100% de SAF. E lançamento da aeronave eVTOL sem emissões de carbono até 2026.”
Itaú (ITUB4)
“Na frente ambiental, o Itaú está comprometido em reduzir suas emissões de carbono de escopo 3 em 50% até 2030 e tornar-se net zero até 2050.
Em 2021, o banco lançou sua plataforma de compromisso climático para incentivar novos parceiros e fornecedores a neutralizar as emissões de carbono.
Bem como sua plataforma de compensação de carbono para alavancar a transparência no mercado voluntário de carbono.
Na frente social, acreditamos que o ponto material diz respeito ao relacionamento com os clientes, que idealmente deve ser transparente e justo.
Nesse sentido, vemos o banco trabalhando para melhorar seu NPS e educar financeiramente os clientes.
Até 2025, o Itaú planeja ter de 40 a 45% de mulheres em cargos de liderança, juntamente com 50% de representação em novas contratações.”
Localiza (RENT3)
“A governança corporativa é uma das fortalezas da Localiza. A empresa possui um Conselho de Administração ativo e diversificado, com membros de diversas origens.
No aspecto social, destacamos relacionamentos sólidos com clientes (medidos pelo NPS) e funcionários (baixa rotatividade e ambiente diversificado).
Já no aspecto ambiental: lavagem de carros sem água em toda a sua rede. Reduzindo o consumo de água de uma média de 30 litros para 200 ml por lavagem.
Ao mesmo tempo em que melhora a gestão de resíduos e efluentes.
Além disso, 98% da frota é composta de veículos que permitem que os clientes abasteçam com etanol (menos poluente do que a gasolina). E 16,79% do consumo de energia proveniente de fontes renováveis no ano passado (contra 14,65% em 2019).”
Lojas Renner (LREN3)
“A indústria da moda tem impactos sociais e ambientais negativos ao longo de todo o processo. Quantidade de água consumida, práticas de trabalho e elevada quantidade de produtos têxteis enviados para aterros são alguns exemplos.
Ao trabalhar próximo aos fornecedores, repensar todos os materiais, engajar os clientes e tentar desenvolver projetos de economia circular, a Renner trabalha para abordar todos esses pontos.”
Marcopolo (POMO4)
“No aspecto ambiental, a Marcopolo está investindo na redução do consumo de água e emissões de carbono.
Já no aspecto social, a empresa está focada no relacionamento com clientes e funcionários. Aumentando a segurança e qualidade de seus produtos e oferecendo treinamento e oportunidades para sua equipe.
Enquanto que no aspecto de governança, a grande maioria do conselho é composta por membros independentes (6 de 7).”
Mercado Livre (MELI34)
“A estratégia ESG do MELI está enraizada em sua missão de democratizar o comércio e os serviços financeiros.
Utilizando a tecnologia para criar um cenário de competitividade semelhantes para grandes corporações, pequenas empresas e empreendedores individuais.
A empresa possui estratégias dedicadas para os pilares ambiental, social e de governança. Abrangendo embalagens e materiais sustentáveis através do programa Regenerate America. Mobilidade sustentável, desenvolvimento de negócios para PMEs e empreendedores. Inclusão financeira, iniciativas de cibersegurança, privacidade e certificações.
Algumas ações notáveis do MELI em 2022 incluem o crescimento de 45% em sua frota de veículos elétricos.
Então, totalizando 797 veículos elétricos e o estabelecimento de mais de 200 estações de carregamento.
A empresa também opera 132 caminhões utilizando biogás e gás natural, resultando em uma redução de 15% nas emissões por pedido entregue.
Além disso, o MELI está ativamente envolvido na restauração de 6.000 hectares de terra. E no apoio a mais de 90.000 empresas em 2022, em comparação com 55.000 no ano anterior.”
Raízen (RAIZ4)
“Vemos os biocombustíveis – e o etanol em particular – como um dos componentes-chave na transição para uma economia de baixo carbono.
Os produtos da Raízen contribuem para a redução de emissões. E os processos produtivos da empresa focam na gestão de subprodutos e na otimização dos recursos naturais.
Assim, ao focar em biocombustíveis avançados, como o etanol celulósico, acreditamos que a Raízen está preparada para ocupar uma posição privilegiada no comércio global.
Finalmente, a empresa também tem metas para reduzir a sua própria exposição de carbono e o uso de água até 2030.”
Santos Brasil (STBP3)
“A Santos Brasil possui iniciativas interessantes em cada uma das dimensões ESG.
Na frente ambiental: reciclagem de 83% dos resíduos gerados, estabelecimento de metas de redução para 2024.
Assim como 50% de redução na geração de resíduos, 30% de redução no consumo de água e 15% de redução nas emissões de GEE.
No aspecto social: 1.000 dias sem acidentes com perda de tempo (LTI). E o desenvolvimento de um projeto piloto de sensor de fadiga para motoristas de caminhão.
Na frente de governança: o conselho de administração é composto por 40% de membros independentes. E 25% de mulheres, metas de ESG para a alta gestão, comitê de sustentabilidade para avaliar as ações de ESG e sugerir melhorias.
Por fim, relatório anual auditado por terceiros. Incomum entre empresas brasileiras: apenas ~23% das empresas do IBOV haviam adotado essa prática em 2021.”