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O tempo fechou para Lojas Renner (LREN3): XP vê obstáculos para crescimento e rebaixa recomendação; confira – Money Times

Fonte: Juliana Americo
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Analistas da XP afirmam que clima e o cenário macroeconômico são desafios para Lojas Renner. (Imagem: Money Times/ Márcio Juliboni)

A varejista Lojas Renner (LREN3) terá obstáculos pela frente, segundo os analistas da XP. Em relatório, o banco de investimento aponta que o clima e o cenário macroeconômico serão obstáculos para o crescimento e expansão de margem da companhia.

Para Danniela Eiger, head de varejo e co-head de Equity Research, e os analistas de varejo Gustavo Senday e Laryssa Sumer, o segundo trimestre pode ser um potencial gatilho para uma revisão negativa no lucro.

“Embora o valuation continue descontado em relação aos níveis históricos, entendemos que esse é o caso para a maior parte da nossa cobertura, enquanto a dinâmica dos resultados tem sido fundamental para definir o desempenho e posicionamento das ações de varejo”, apontam em relatório.

Com isso, a equipe rebaixou a recomendação de Compra para Neutro, com novo preço-alvo para o fim de 2024 de R$18,0/ação. Os papéis da empresa recuam em torno de 3%, nesta terça-feira (21).

Lojas Renner: Altas temperaturas impactam demanda

Segundo o relatório, as temperaturas anormalmente altas têm persistido nas principais cidades do Brasil desde o início do segundo trimestre, o que comprometeu as vendas de Dia das Mães.

Além disso, as previsões continuam apontando para uma alta probabilidade de temperaturas acima da média em junho e julho, o que representa um risco para as vendas do Dia dos Namorados. Por outro lado, se ocorrer o fenômeno La Niña, isso poderá levar a um verão potencialmente mais ameno no segundo semestre de 2024 — colocando em risco as coleções de primavera-verão.

“É importante notar que a média ficou ligeiramente distorcida em 2023, que foi um ano mais quente devido ao fenômeno El Niño. Nós, portanto, acreditamos que o clima poderia continuar a ser um vento contrário à procura de vestuário”, diz o relatório.

A Lojas Renner também deve ser impactada pelas enchentes do Rio Grande do Sul. Ao todo, a empresa opera 72 lojas no estado (11% da sua operação total) em 35 cidades, das quais apenas dois municípios que não foram atingidos (Capão da Canoa e Carazinho, ambos com uma loja cada).

“A produtividade em lojas remanescentes, das quais 76% são maduras, provavelmente não se estabilizará em níveis normalizados em meio a uma deterioração do sentimento do consumidor na região. As vendas brutas ficarão expostas a esse risco pelo resto do ano”.

Cenário macroeconômico: Juros altos pressionam o varejo

Os analistas da XP também destacam que a dinâmica macroeconômica também não está ajudando. Segundo eles, nos últimos meses, o cenário se deteriorou, com a nova perspectiva apontando para um ciclo mais lento de corte de juros, aumento da inflação de alimentos e um dólar mais forte.

“Como resultado, ficamos mais cautelosos com relação a uma recuperação mais robusta do consumo no segundo semestre de 2024”, dizem.

Eles ainda apontam que a tese de investimento da Lojas Renner é altamente dependente da situação macroeconômica, já que a empresa depende do crescimento para ampliar margens.

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