O que é DRE e como calcular a Demonstração do Resultado do Exercício

Fonte: Redação

Manter a saúde financeira da sua empresa é fundamental para fazê-la prosperar. Para isso, é necessário manter as contas bem organizadas e entender se o empreendimento está dando lucro ou prejuízo. Uma das formas de fazer essa análise é por meio da Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), também conhecida como Demonstrativo do Resultado do Exercício (DRE).

O que é DRE?

O documento consiste em um relatório que reúne todas entradas e saídas do negócio para entender se a sua operação é lucrativa. Sua elaboração é obrigatória para a maior parte das empresas (veja mais abaixo), mas, independentemente das regras, recomenda-se que todos os empreendedores mantenham essa prática.

“Fazer DRE é fundamental para facilitar a gestão de todos os tipos de empreendimentos, de qualquer porte, inclusive MEIs. O empreendedor precisa entender se o negócio é lucrativo”, diz Sergio Pires, professor da Fundação Dom Cabral.

Quem precisa fazer o DRE?

Excluindo-se os microempreendedores individuais (MEIs), o DRE é obrigatório para todas as empresas — independentemente do setor — e deve ser declarado anualmente no Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ). O documento deve ser assinado por um contador habilitado pelo Conselho Regional de Contabilidade (CRC).

Cristina Silva, consultora do Sebrae-SP, também recomenda que todos os empreendedores elaborem o DRE, e acrescenta que o relatório auxiliará o gestor nas tomadas de decisão. “Permite, por exemplo, entender se é necessário aumentar o valor cobrado pelo produto ou serviço”, diz.

Como fazer o DRE

Para fazer o DRE, o empreendedor deve reunir as seguintes informações:

  • Faturamento: somar a receita de todas as vendas realizadas. E atenção: mesmo as vendas parceladas devem ser colocadas em seu valor integral
  • Custos variáveis: despesas que variam conforme a quantidade do bem ou serviço que uma empresa produz. Por exemplo, a matéria-prima e os impostos relacionados à quantidade das vendas.
  • Custos fixos: despesas que não dependem do nível de bens ou serviços produzidos pela empresa. Por exemplo, aluguel e salário dos colaboradores.

Com os valores reunidos, o empreendedor deve primeiro subtrair os custos variáveis do faturamento. O resultado será a margem de contribuição, que indica quanto o faturamento contribuiu para pagar a estrutura do negócio e ainda ter resultado. Por fim, para ter o DRE, o empreendedor deve subtrair o valor dos custos fixos desse resultado.

DRE não é fluxo de Caixa

Um ponto de atenção para empreendedores é que DRE nem sempre irá bater com o fluxo de caixa. A DRE analisa essencialmente a lucratividade da operação do negócio, enquanto o fluxo de caixa consiste em todo o dinheiro que entrou e saiu da empresa em um período.

“Caso analise o fluxo de caixa e esteja constantemente sem dinheiro, o empreendedor deve entender o que está acontecendo e consertar a sua operação”, diz Silva.

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