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Comércio prevê prejuízo menor para o próximo ano

Fonte: Redação

Levando-se em conta o dia da Consciência Negra, comemorado em 20 de novembro, que será feriado nacional a partir do ano que vem, 2024 terá 7,5 dias de feriados móveis que cairão em dias úteis, ante 8 em 2023. O número quebrado de feriados em dias úteis é porque o estudo considerada meio expediente de trabalho nos feriados nacionais que caem aos sábados.

Em 2024, cinco feriados nacionais móveis serão entre segunda e sexta-feira, ante oito em 2023. São eles: Confraternização Universal (1°/1), Dia do Trabalho (1°/5), Proclamação da República (15/11), Dia da Consciência Negra (20/11) e Natal (25/12). Os demais feriados, como Dia da Independência (7/9), Nossa Senhora Aparecida (12/10) e Finados (2/11) cairão em sábados. Sexta-feira Santa, Carnaval e Corpus Christi, que são feriados fixos nos dias da semana, caem na sexta-feira, terça-feira e na quinta-feira, respectivamente, e não foram considerados no estudo.

“O impacto principal do calendário de feriados é sobre a lucratividade do comércio”, afirma Fabio Bentes, economista da CNC e responsável pelo estudo. Cada feriado reduz a rentabilidade média do comércio como um todo em 1,29%, diz o economista. As projeções consideram dados do varejo ampliado, apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O varejo ampliado inclui as vendas de materiais e construção e o setor automotivo.

O menor número de feriados de 2024 em dias úteis foi recentemente comemorado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nas contas da CNC, considerando todas as atividades econômicas (não apenas o comércio), cada feriado nacional do calendário brasileiro tem impacto negativo de 0,12% no Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todas as riquezas produzidas no País.

Mão de obra ainda é o que gera mais custo

O principal custo da abertura do comércio nos feriados é com a mão de obra. Por isso, setores que empregam maior número de trabalhadores e também aqueles que pagam um salário médio maior são os mais afetados negativamente pelos feriados.

De acordo com estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 40% dos prejuízos do varejo previstos para o ano que vem por conta do funcionamento em feriados estão nos segmentos de hiper e supermercados (R$ 6,38 bilhões), que empregam muita gente, e no comércio automotivo (R$ 6,34 bilhões), que paga salários maiores.

Fabio Bentes, economista da CNC, alerta que a despesa de abrir um estabelecimento em dia de feriado deve pesar mais para varejistas em 2024.

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