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Statkraft aprova construção de dois projetos híbridos na Bahia

Fonte: Mateus Badra

Statkraft aprova construção de dois projetos híbridos na Bahia

Empresa está investindo em energia solar e no mercado de armazenamento. Imagem: Envato Elements

A Statkraft, líder em energia hidrelétrica internacionalmente e a maior geradora de energia renovável da Europa, acaba de aprovar internamente a construção do projeto Brasil Solar Híbrido. O empreendimento marca oficialmente a chegada da empresa na geração de energia fotovoltaica e traz como inovação o uso de baterias.

A companhia aprovou o início da construção de dois projetos: VSE Solar Híbrido e MdC Solar Híbrido, que se conectaram ao Complexo Eólico Ventos de Santa Eugênia e ao Morro do Cruzeiro, respectivamente.

Juntos, os mesmos terão capacidade de 228 MWac. A Statkraft usará, de forma pioneira dentro do Grupo, a tecnologia BESS (Battery Energy Storage System), que utiliza o mesmo ponto de conexão da eólica e solar.

O Complexo Eólico Ventos de Santa Eugênia é o maior empreendimento do Grupo fora da Europa. Localizado na Bahia, está em fase final de construção e a geração de energia renovável deve atingir 2.300 GWh, por ano, o suficiente para abastecer 1,17 milhão de residências brasileiras.

Com área abrangente totalizando 489,18 hectares, o complexo contará com 14 parques eólicos, totalizando 91 aerogeradores de 5,7 MW de potência cada. O empreendimento, que teve investimento de R$ 2,8 bilhões, entrou em operação comercial parcial no início de 2023.

Ainda na Bahia, a empresa está construindo o complexo eólico greenfield Morro do Cruzeiro, localizado perto dos ativos de energia eólica que a Statkraft já tem na região.

A planta será composta por dois projetos eólicos, com 14 turbinas e capacidade instalada de 79,8 MW. Dadas as excelentes condições de vento na região, a previsão é que gere 386 GWh de energia renovável por ano, o suficiente para abastecer mais de 190 mil residências.

Para Fernando De Lapuerta, CEO e diretor presidente da Statkraft, essa decisão é uma das mais importantes do ano para a empresa. “O início do projeto reflete a consolidação do nosso planejamento estratégico alinhado com a nossa missão de acelerar a transição energética”.

“Dessa forma, vamos começar 2024 com um portfólio ainda mais robusto, integrando três tecnologias dentro de um mesmo complexo”, concluiu. Com a construção marcada para o primeiro semestre do ano que vem, a previsão é que os projetos iniciem as operações em 2025.

Autorização da ANEEL

Em abril, a companhia já havia recebido a aprovação, junto à ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), para a implantação desses projetos solares. Foram aprovadas sete outorgas do projeto Solar na Bahia de 228 MW, cujas usinas serão extensões do Complexo Brotas de Macaúbas (usina Sol de Brotas 1), Complexo Morro do Cruzeiro (usina Sol de Brotas 2) e Complexo Ventos de Santa Eugênia (usinas Sol de Brotas 3, 4, 5, 6 e 7).

Os empreendimentos, que agora começarão a ser construídos, se enquadram na regulamentação da ANEEL para usinas híbridas e vai aproveitar a complementaridade de suas centrais geradoras de energia eólica e solar.

Sobre a Statkraft

Com 5.700 funcionários em 21 países, a Statkraft é líder em energia hidrelétrica internacionalmente e a maior geradora de energia renovável da Europa. O grupo produz energia hidrelétrica, energia eólica, energia solar, energia a gás e fornece aquecimento urbano.

A empresa tem sua sede localizada na cidade de Florianópolis, em Santa Catarina. Atualmente, controla 18 ativos de geração renovável no Brasil. Em novembro, a Statkraft assinou a compra da Enerfín, subsidiária renovável da espanhola Elecnor, que inclui nove parques eólicos em operação nos estados do Rio Grande do Sul e Rio Grande do Norte.

Dessa forma, a empresa tornou-se uma das maiores geradoras de energia eólica do Brasil, ultrapassando a marca de 2 GW de capacidade instalada, entre aquisições, construções e operações no país.

Além disso, é pioneira em oferecer energia renovável rastreável com garantia de origem no Brasil, certificando, por meio do I-REC (Certificado Internacional de Energia Renovável), a origem da produção de sua energia, o que garante que a operação é sustentável.


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