Para pesquisa da 99Pay, 51% das mulheres disseram não saber lidar com o próprio dinheiro; mesmo entre classes sociais mais altas, falta de conhecimento sobre as próprias finanças foi vista pelo estudo
O número de domicílios brasileiros chefiados por mulheres, principalmente sem cônjuge, apresentou um salto entre 2012 e 2022. Um levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), com números baseados em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PnadC), mostra que o percentual de mulheres à frente dos lares, com a remuneração mais alta da casa, cresceu 72,9%. Isso significa que, entre os 10 últimos anos, a quantidade foi de 22,2 milhões para 38,3 milhões.
Por outro lado, uma pesquisa da 99Pay relatou os desafios financeiros enfrentados por mulheres brasileiras. Mesmo que elas representem a principal força de trabalho da casa, há uma série de obstáculos a serem ultrapassados, sendo um deles a falta de conhecimento sobre como lidar com o dinheiro. O estudo foi feito com usuários da carteira digital da 99.
De acordo com o estudo, as mulheres representam 54% das pessoas que usam o aplicativo. Desse percentual, 62% têm entre 24 e 34 anos. As que se declaram solteiras também somam 62%.
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Dúvidas sobre o que fazer com o dinheiro e diferença salarial
A falta de educação financeira pode provocar grandes impactos na sociedade brasileira. Ela é importante para que as pessoas tenham consciência do controle de suas finanças e consumo. Porém, um dado da pesquisa da 99Pay mostra que 51% das mulheres disseram não saber lidar com o próprio dinheiro. Já entre os homens, esse percentual é de 33%.
Mesmo entre as mulheres com maiores salários, a falta de educação financeira pode ser vista pelo estudo. Entre as classes sociais mais altas, 58% das entrevistadas comentaram não ter conhecimento sobre finanças. Por outro lado, 82% dos homens têm essa educação financeira.
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A diferença salarial também foi apontada na pesquisa. Enquanto 34% dos homens recebem um valor superior a R$ 3.194 e outros 6% ganham mais de R$ 10 mil, entre elas os salários são diferentes. Apenas 17% têm um salário superior a R$ 3.194. O percentual é menor ainda para as que recebem mais de R$ 10 mil, são apenas 1%.
Aliada à falta de educação financeira, a diferença entre as remunerações de homens e mulheres afeta o orçamento delas. Quando questionadas sobre os investimentos feitos ao final do mês, apenas 10% conseguem fazer algo com o dinheiro que sobra, contra 21% dos homens. Quitar as contas é uma dificuldade para 27% delas, e para 18% do público masculino da pesquisa.
“O recorte por gênero exemplifica bem a realidade das mulheres brasileiras. Por esse motivo, as mulheres são público-alvo importante da educação financeira, pois, em geral, estão em condições mais precarizadas”, diz a doutora em psicologia econômica Vera Rita de Mello Ferreira.
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Educação financeira pode ser o caminho da mudança
Diante desse cenário, a 99Pay passou a disponibilizar um curso gratuito de educação financeira. O conteúdo nasceu da parceria entre a carteira digital e a edtech Barkus, e está disponível no site da empresa de mobilidade urbana.
“O curso gratuito é apenas uma das ações da 99Pay no sentido de oferecer ferramentas que potencializam o rendimento e o dinheiro das mulheres. Queremos ser um parceiro confiável e uma oportunidade de crescimento e liberdade. Valorizamos a independência e o empoderamento feminino, e acreditamos na tecnologia como aliada para organizar as contas e equilibrar os gastos do dia a dia. Estamos aqui para ajudar as mulheres a alcançarem seus objetivos com praticidade e segurança”, afirma Anselmo Baccarini, Diretor de Comunicação da 99Pay.
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