As empresas de energia solar que atuam no segmento de micro e minigeração distribuída já foram responsáveis pela criação de mais de 386 mil empregos em São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso.
Os dados são da ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica) e levam em consideração o volume de contratações realizadas desde 2012, quando deu-se início à expansão da GD (geração distribuída) no Brasil a partir da Resolução 482.
Neste período, o segmento também acumulou R$ 65,4 bilhões em novos investimentos e mais de R$ 14 bilhões em arrecadação para os cofres públicos nas cinco unidades federativas, que hoje são as que possuem os maiores volumes de potência instalada em GD solar, conforme ilustra a imagem abaixo:
Para o CEO da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia, o crescimento da geração própria de energia solar em estados como São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso fortalece: a sustentabilidade; o protagonismo internacional do Brasil; alivia o orçamento das famílias e amplia a competitividade dos setores produtivos nacionais.
“A fonte solar é uma alavanca para o desenvolvimento do país. Em especial, temos uma imensa oportunidade de uso da tecnologia em programas sociais, como casas populares do programa Minha Casa Minha Vida, na universalização do acesso à energia elétrica pelo programa Luz para Todos, bem como no seu uso em prédios públicos, como escolas, hospitais, postos de saúde, delegacias, entre outros, ajudando a reduzir os gastos dos governos com energia elétrica para que tenham mais recursos para investir em saúde, educação e outras prioridades da sociedade”, afirmou.
São Paulo
De acordo com os dados da ABSOLAR e da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), o estado de São Paulo é o grande protagonista na produção de energia solar, com cerca de 3,4 GW em operação nas residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos.
Ao todo, a região possui mais de 361 mil conexões operacionais, espalhadas por 645 municípios, ou 100% dos municípios paulistas. Atualmente, são pouco mais de 422 mil consumidores que já contam com redução na conta de luz.
Desde 2012, a geração própria de energia solar já proporcionou a São Paulo a atração de R$ 16,7 bilhões em investimentos, geração de mais de 99,3 mil empregos e a arrecadação de R$ 3,9 bilhões aos cofres públicos.
Minas Gerais
Minas Gerais é o segundo estado brasileiro com maior potência instalada em GD solar, com 3,34 GW e mais de 266 mil conexões em operação em todas as 853 cidades da região. Atualmente, são mais de 645 mil consumidores que já contam com redução na conta de luz.
Ao todo, a geração própria de energia solar já proporcionou ao estado a atração de R$ 16,8 bilhões em investimentos, geração de mais de 98,7 mil empregos e a arrecadação de R$ 2,8 bilhões aos cofres públicos.
“Apesar do histórico ensolarado do estado, o futuro parece nublado em solo mineiro. Isso em virtude dos problemas que milhares de consumidores têm enfrentado para conseguir conectar suas micro e mini usinas junto à rede de distribuição da Cemig”, destaca a ABSOLAR.
Rio Grande do Sul
O Rio Grande do Sul é o terceiro estado brasileiro com maior potência instalada em GD solar. A região ultrapassou recentemente a marca de 2,56 GW em operação nas residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos.
Ao todo, o estado possui mais de 286 mil conexões operacionais, espalhadas por 497 municípios, ou 100% dos 497 municípios da região. Atualmente, já são mais de 388 mil consumidores que já contam com redução na conta de luz.
Desde 2012, a geração própria de energia solar já proporcionou aos municípios gaúchos a atração de R$ 13,1 bilhões em investimentos, geração de 75,6 mil empregos e a arrecadação de R$ 3,2 bilhões aos cofres públicos.
No entanto, a ABSOLAR alerta sobre um problema que vem ocorrendo no estado. “Algumas distribuidoras de energia elétrica têm descumprido o regramento legal para os pedidos de conexão de sistemas fotovoltaicos na geração distribuída, com paralisação deste processo, pelo argumento de inversão de fluxo na rede”, informa a entidade.
Paraná
O estado do Paraná possui 2,38 GW de energia solar em operação no segmento de GD, sendo o quarto estado com maior volume de potência instalada do Brasil.
A região também já atraiu com a fonte solar cerca de R$ 11,7 bilhões em investimentos para projetos de micro e minigeração distribuída, além da geração de mais de 70 mil empregos e a arrecadação de R$ 2,7 bilhões aos cofres públicos.
O território paranaense possui mais de 187 mil conexões operacionais espalhadas em todos os seus 399 municípios. Atualmente, são mais de 259 mil consumidores que já contam com redução na conta de luz.
“O estado do Paraná, porém, é o único no país com uma tributação que prejudica o avanço da energia solar na região”, pontua a ABSOLAR.
Na visão da entidade, o governo paranaense precisa equiparar o estado ao incentivo ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) já concedido por todos os outros estados brasileiros.
“O Paraná é o único estado que limita em até 48 meses a isenção de ICMS para a energia solar e outras fontes renováveis, conforme Convênio ICMS N° 16/2015, do CONFAZ (Conselho Nacional de Política Fazendária)”.
Mato Grosso
O estado de Mato Grosso registra, atualmente, mais de 1,49 GW de potência instalada na geração própria de energia solar. Ao todo, são mais de 103 mil conexões operacionais em todas as 141 cidades da região, o que proporciona uma redução na conta de luz para mais de 119 mil consumidores.
A potência instalada em GD solar na região coloca o estado na quinta posição do ranking nacional da ABSOLAR. Desde 2012, a modalidade já proporcionou ao Mato Grosso a atração de R$ 7,1 bilhões em investimentos, geração de mais de 43 mil empregos e a arrecadação de R$ 1,6 bilhão aos cofres públicos.