A plataforma X (antigo Twitter) informou nesta sexta-feira (26) que uma “falha técnica” na plataforma permitiu que seis perfis bloqueados por decisões judiciais divulgassem em suas contas links para transmissão ao vivo em outras redes.
Segundo a empresa, as publicações eram visíveis só em celulares. A falha, considerada “pontual” pela plataforma, foi corrigida.
O X também afirmou que os usuários das contas citadas, como o blogueiro Allan dos Santos, tentou burlar as restrições impostos a partir de um uso “inovador” do recurso “Spaces” (que permite a comunicação por áudio).
“Não há que se falar, portanto, em ‘reativação das contas’ ou autorização ‘para uso da plataforma’, mas sim em uma falha técnica isolada”, disse o X. “A correção de tal falha técnica mediante atualização do aplicativo no sistema iOS assegurará que tais contas fiquem impedidas de realizar qualquer atividade de transmissão em tempo real”.
As informações do X foram protocoladas no inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal (STF) para apurar suposta obstrução de Justiça pelo bilionário Elon Musk, dono do X.
O relator é o ministro Alexandre de Moraes. O magistrado havia determinado que a plataforma se manifestasse sobre relatório da Polícia Federal (PF) que identificou ao menos seis perfis bloqueados com alguma atividade no X.
Argumentos
No documento, apresentado pelos advogados do X Brasil, a plataforma disse que o relatório da PF “pode induzir a uma interpretação incompleta da eficácia e da abrangência das ações adotadas” pelas operadoras da rede social, “sem considerar os desafios enfrentados na contenção de usuários mal-intencionados”.
De acordo com o X, a falha técnica citada também permitiu que, em aplicativos móveis, os seis perfis bloqueados passassem a exibir foto de perfil, foto de capa, e a biografia do usuário.
Publicações, conforme a empresa, continuaram bloqueadas e sem aparecer.
” Essa falha operacional, embora tenha permitido o acesso limitado a elementos não essenciais das contas via aplicativo móvel, foi pontual e não representa uma violação das ordens judiciais proferidas pelos E. STF e TSE”, afirmou a empresa.
“A discrepância observada foi resultado de um problema técnico isolado, sem intenção das Operadoras do X de contornar ou de qualquer forma desrespeitar as decisões judiciais vigentes”.