O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, nesta terça-feira (12), que convidará todos os governadores para participarem de ato que marcará um ano dos ataques de 8 de janeiro. A declaração foi feita no Palácio do Planalto durante o anúncio de investimentos de bancos públicos em estados.
“Tô convidando todos os governadores, porque dia 8 de janeiro, nós vamos fazer um ato em Brasília para lembrar ao povo que tentou se dar um golpe dia 8 de janeiro e que ele foi debelado pela democracia desse país”, afirmou Lula.
“Eu pretendo ter todos os governadores aqui, os deputados, os senadores, os empresários, para a gente nunca mais deixar as pessoas colocarem em dúvida de que o regime democrático é a única coisa que dá certeza das instituições funcionarem e do povo ter acesso a participar da riqueza que ele produz”, acrescentou o presidente.
Crescimento econômico
Falando sobre as perspectivas econômicas do país, o presidente afirmou que o Brasil poderia crescer 3% este ano e avançaria ainda mais se os juros estivessem mais baixos, voltando a cobrar uma redução da taxa Selic pelo Banco Central.
O mandatário também falou sobre a questão da estabilidade fiscal, afirmando que trabalha pela “estabilidade social”.
“É preciso que a gente tenha clareza, porque senão a gente fica amarrado nos princípios da só estabilidade fiscal. Eu quero estabilidade fiscal, brigo por ela, já provei que sou capaz, mas eu quero estabilidade social. Estabilidade social a gente cria com geração de emprego, com aumento de salário, ou a gente quer um mundo onde a maioria das pessoas ganha abaixo de US$ 2 por dia?”, afirmou.
Além do evento, o presidente Lula participou nesta terça-feira de uma reunião no Planalto com autoridades políticas sobre o caso da Braskem, em Maceió.
Foram chamados pelo petista para o encontro o governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL), e autoridades alagoanas, como o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e o senador Renan Calheiros (MDB-AL).
Na ocasião, Lula pediu moderação aos presentes e ofereceu o governo federal para ser o intermediador de uma solução para o imbróglio, segundo relatos de fontes que participaram do encontro.
*Com informações de Caio Junqueira, da CNN, e da Reuters