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Por que o Brasil não tem (ainda) uma marca de moda global, segundo Rony Meisler – NeoFeed

Fonte: Carlos Sambrana

O Brasil tem marcas que são desejadas internamente, mas, com exceção de Havaianas, não conseguiu até hoje emplacar uma grife de alcance global. Mas Rony Meisler, fundador da Reserva e CEO da AR&Co, acredita que isso é uma questão de tempo. A própria Reserva, diz ele, está estudando iniciar operações na Flórida para, aos poucos, conquistar o mercado americano.

Mas por que é tão difícil para grifes brasileiras expandir para fora? “Eu acho que a gente é refém de duas coisas nesse sentido. Primeiro, da nossa própria continentalidade. O Brasil é um país continental, então sempre você vai ter ainda de fazer muito no Brasil antes de desfocar olhando para o mercado externo”, diz Meisler em entrevista ao programa É Negócio, parceria do NeoFeed e CNN Brasil, que vai ao ar no domingo, 31 de março, as 20h45.

O segundo desafio é se livrar do famoso complexo de vira-latas. “O brasileiro tem esse complexo de vira-latas de ‘poxa, será que eu vou vencer lá? Será que vai ter preconceito pelo fato de eu ser brasileiro?’”, diz Meisler. “Mas o que a gente observa é que, quando brasileiros saem para fazer negócios lá fora, a gente arrebenta e eu acho que a gente arrebenta por um motivo muito simples: empreender no Brasil é difícil demais.”

Meisler fala com conhecimento de causa, pois passou por todas as etapas do empreendedorismo. Ele fundou a Reserva, em 2006, vendendo bermudas na praia e criou uma potência vendida por R$ 715 milhões para o grupo Arezzo&Co, em 2020. Passou de controlador da companhia para acionista minoritário de um grupo maior.

“Sendo sócio minoritário de negócio maior, a minha vida em termos práticos, por conta da governança que a gente combinou no começo, ela não mudou muito”, afirma Meisler. E prossegue: “Óbvio que a gente tem obrigações, a empresa passou a ser pública, eu assumi responsabilidades no Conselho, em diversos comitês da companhia. Mas a gente teve liberdade, independência para operar aquele plano com um grupo que tinha uma experiência de mercado gigantesca.”

Os números apareceram. Em 2019, um ano antes da aquisição da Reserva pela Arezzo&Co, a grife faturava R$ 340 milhões e tinha cerca de 12% de ebitda. Em 2023, a Ar&Co faturou R$ 1,5 bilhão e anotou 18% de ebitda. Isso aconteceu porque, desde o deal, a Reserva cresceu com a extensão de marca como Reserva Mini, Reserva Go, Oficina Reserva, Simples e outras.

Na entrevista, Meisler conta os detalhes do negócio, os tipos de marcas que o grupo está de olho, a mudança da moda com o advento das redes sociais, a comunicação das marcas, os erros que cometeu, entre e outros assuntos. Para assistir, basta clicar no link abaixo:

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