A Ferrari está nos holofotes. E olha que a temporada 2024 de Fórmula 1 ainda nem começou. Primeiro foi o anúncio da chegada de Lewis Hamilton à escuderia italiana. Já neste fim de semana, temos a estreia de “Ferrari”. O filme retrata a crise financeira de seu fundador, Enzo Ferrari, nos anos 1950. Ficou curioso? Confira 5 motivos para assistir ao longa de Michael Mann.
“Ferrari” tem como pano de fundo os bastidores da Fórmula 1 em 1957. No centro da trama está o ex-piloto e fundador da escuderia italiana, Enzo Ferrari, interpretado por Adam Driver. O Comendador, como era conhecido, está em crise – e das pesadas.
A falência ronda a empresa que ele e a mulher, Laura (Penélope Cruz), construíram uma década atrás, em meio à Segunda Guerra Mundial. Além disso, assombram os dois a perda do único filho do casal.
O casamento instável é abalado ainda pelo relacionamento extraconjugal de Enzo com Lina Lardi (Shailene Woodley). Nesse cenário, o dono da escuderia italiana decide apostar tudo em uma única corrida, a icônica Mille Miglia, na Itália.
O filme é baseado no livro “Enzo Ferrari: O Homem, os Carros, as Corridas”.
A produção
O diretor da obra, Michael Mann, começou a cogitar a produção de um filme sobre Enzo Ferrari no começo dos anos 2000. Em 2015, Christian Bale foi cotado para estrelar a obra, mas deixou a produção no ano seguinte. Na sequência, em 2017, Hugh Jackman entrou em negociações para viver Enzo nos cinemas. Porém, a adaptação da biografia ficou paralisada até fevereiro de 2022, quando Adam Driver assumiu o papel principal.
5 motivos para assistir ao filme “Ferrari”
A seguir, confira cinco motivos para conferir o longa em cartaz nos cinemas
1 – O retorno de Michael Mann como diretor
O filme “Ferrari” marca o retorno de Michael Mann como diretor após mais de oito anos longe das câmeras – seu último trabalho havia sido “Hacker”, de 2015, baseado na história real do vírus Stuxnet. Nesse meio tempo, ele esteve envolvido na produção de longas como “Ford Vs Ferrari” e “Inimigos Públicos”. Vale conhecer outros trabalho do cineasta, por exemplo, “Colateral”, “O Informante” e “O Último dos Moicanos”, que rendeu a Mann o Oscar de melhor diretor em 1992.
2 – Brasileiro em cena
Tem brasileiro em cena no filme “Ferrari”. Trata-se de Gabriel Leone, que atuou em “Eduardo e Mônica”. Ele viverá Ayrton Senna em uma produção original da Netflix ainda em desenvolvimento. Na obra de Mann, Leone interpreta o playboy espanhol Alfonso de Portago, piloto que é uma das apostas de Ferrari para vencer a corrida Mille Miglia. Do time de corredores inscritos por Enzo para a prova, ele se destaca sobretudo por conta de seu relacionamento com a atriz Linda Christian (Sarah Gadon).
3 – Atriz consagrada

Impossível não destacar a presença de Penélope Cruz no longa. Ela vive Laura, mulher de Enzo em luto eterno pela perda do filho. A atriz espanhola representa a força feminina que fica longe dos holofotes em cenários predominantemente masculinos, como o do automobilismo. Não há como ficar indiferente à profunda tristeza e à dor que emana da interpretação de Penélope.
4 – Espírito da época
“Ferrari” leva ao espectador um pouco das corridas e do espírito das provas dos anos 50: a icônica Mille Miglia ocupa toda a parte final do longa. E, ao lado do glamour que envolvia a competição, estão a fragilidade dos carros da época e da falta de segurança do esporte. Assim, nas cenas de corrida, a torcida é menos por determinado competidor, e mais para que todos cheguem com vida ao final da prova. Faz sentido, afinal, os pilotos corriam apenas com capacete e roupa esporte; nem cinto de segurança tinham.
Vale destacar ainda o papel da imprensa, interessada, como ocorre nos dias atuais, não somente pelo esporte, mas também pelas fofocas em torno das celebridades do mundo do automobilismo.
5 – Olhar sombrio sobre a Ferrari e o automobilismo
Por fim, vale destacar o foco de Mann sobre a história da marca. Com uma paleta escura, o filme não busca destacar os feitos nas pistas e o glamour da Ferrari. Muito pelo contrário, o objetivo do diretor é destacar um momento de crise de Enzo Ferrari e do automobilismo nos anos 50.
