O Ibovespa (IBOV) fechou em forte queda nesta quarta-feira (22), com as baixas nos mercados internacionais refletindo a ata do Federal Reserve.
O índice fechou em baixa de 1,38%, a 125.653,50 pontos, segundo dados preliminares.
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Com a divulgação da ata do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), os membros do FED afirmaram que a desinflação pode levar mais tempo do que se pensava anteriormente.
Dierson Richetti, sócio da GT Capital, afirma que as incertezas quanto à restrição da política monetária americana ficaram evidentes.
“Ficou claro que se for necessário, em virtude do controle da inflação, eles podem realmente sim apertar a política monetária, então subir mais juros”, destaca. “E eles não têm problema com isso, mesmo com o mundo preocupado, já que o foco é o controle da inflação”.
Richetti também chama a atenção de que as projeções referentes a março ainda não mudaram. “Os números continuam mistos, alguns números bons, alguns números ruins para a economia americana no sentido de controle de inflação”.
Por fim, o especialista chama atenção sobre o poder da deterioração do recurso financeiro das famílias de baixa renda nos Estados Unidos.
“Isso é um dado impactante porque as famílias acabam se endividando e, consequentemente, isso é refletido na economia como um todo. Caso seja necessário, os diretores deixaram bem claro que não tem problema em subir a taxa”, explica.
Altas e baixas do Ibovespa
Nas altas do dia, Soma (SOMA3) e Arezzo (ARZZ3) se destacam com +1,34% e +1,34%, respectivamente, na esteira do processo final de fusão das empresas.
De acordo com Richetti com a fusão, “a empresa terá faturamento próximo de R$ 12 bilhões e mais de 2 mil lojas, o que anima o mercado”.
A Yduqs (YDUQ3) também subiu, fechando com uma alta de 1,09%, após divulgar projeções positivas para os próximos anos. O guidance previsto para os próximos cinco anos de fluxo de caixa operacional acumulado ficou entre R$ 8 bilhões e R$ 10 bilhões.
Ainda nas altas, Petrobras (PETR3;PETR4) subiu 1,36% para ações preferenciais e 0,94% para ordinárias, diante da decisão do Cade e expectativas do mercado para a nova presidente da companhia.
Contudo, o fechamento positivo não veio para as outras petroleiras. A PetroRecôncavo (RECV3), 3R Petroleum (RRRP3) e Prio (PRIO3) fecharam com quedas expressivas de 4,43%, 4,62% e 3,58%, respectivamente.
Além disso, junto nas baixas, Minerva (BEEF3) derreteu 8,65% após o órgão Coprodec, no Uruguai, ter barrado as três unidades que a Marfrig iria vender para a empresa.