Em pouco mais de uma semana, Enauta e 3R avançaram na fusão de suas operações ao assinarem um memorando de entendimento (MoU) que encaminha a união das duas companhias.
Pelo memorando, a Enauta fica com 53% da companhia combinada e a 3R, com 47%. O acordo inclui também a Maha Energy Offshore, empresa listada em bolsa de Estocolmo e que tem a Starboard como acionista.
O MoU dá direito de exclusividade por 30 dias e é prorrogável por mais 30 dias. As diligências de ambos os lados já começaram a trabalhar para avalizar a relação de troca da operação.
A Maha, que tem uma participação na 3R, se comprometeu também a vender à companhia combinada sua participação de 15% na 3R Offshore – dona dos campos de Peroá e Papa-Terra. Com isso, terá 2,17% do capital da nova empresa, elevando sua participação para 4,5%.
Com a união, Enauta e 3R terão uma produção diária de mais de 86 mil barris de petróleo por dia neste ano. E a previsão é de chegar a 120 mil barris de petróleo por dia em 2025.
A combinação das duas empresas cria também uma força consolidadora no setor de petróleo, em especial entre as companhias independentes, chamadas de junior oils. A própria 3R havia feito uma proposta de fusão com a PetroReconcavo. A iniciativa foi atropelada pela Enauta.
Esse movimento acontece para garantir a expansão dos negócios diante da expectativa de a Petrobras parar a venda de poços maduros sob a nova administração.
Após a abertura do mercado, há dez anos, essas petroleiras independentes, que inclui também a Prio (ex-PetroRio), se capitalizaram em bolsa de valores e se desenvolveram após a Petrobras vender campos de extração já maduros.
O Itaú BBA e BTG Pactual são os assessores financeiros da 3R. Como assessores jurídicos estão os escritórios Spinelli Advogados e Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados.