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Dólar sobe a R$ 5,08 na máxima, e Ibovespa desce mais de 1% com bancos e mineradoras

Fonte: Raphael Coraccini

A bolsa de valores hoje opera em queda, enquanto o dólar sobe, com os dados de inflação nos EUA e no Brasil impactando o humor dos investidores aqui e lá fora. Nesta quarta-feira (10) foram divulgados o CPI (principal dado de inflação americano) e o IPCA, que mostram situações difentes no Brasil e nos EUA.

Assim, perto das 10h15, o Ibovespa descia 1,23%, a 128.292,53 pontos, reduzindo os ganhos do pregão anterior.

As mineradoras estavam entre as piores quedas do Ibovespa, com destaque para CSN Mineração (CMIN3), que descia 5,34%. A Vale (VALE3) caía 1,42%.

Os bancos também operavam queda, com BTG Pactual (BAPC11) e Santander (SANB11) com as piores perdas do setor, descendo 3,22% e 3,04%, respectivamente.

Nesse sentido, o índice do setor financeio (IFNC) caía 2,13% e o de materiais básicos (Imat) descia 1,70%.

A Petrobras é uma das poucas empresas que escapa da queda: os papéis sobem 2,66% (PETR3) e 2,04% (PETR4).

Dólar hoje

Simultaneamente, a moeda norte-americana apresentava alta importante no início do pregão. No horário mencionado, o dólar subia 1,31%, cotado a R$ 5,0741 depois de bater R$ 5,08 anteriormente, na máxima do dia.

Da mesma maneira, no exterior, o dólar subia. O DXY, que mede o desempenho global da moeda dos EUA, avançava 0,67%, a 104,85 pontos.

Inflação nos EUA movimenta a bolsa de valores hoje

A inflação nos EUA em março se mostra resiliente, o que impacta as projeções do mercado de início do ciclo de queda dos juros, que estava projetado para junho. Segundo projeções do CME, a aposta majoritária agora está para setembro.

O CPI anual foi a 3,5% em março ante 3,2% de fevereiro. Enquanto o núcleo sustentou a taxa de 3,8% na passagem de mês.

IPCA

Por outro lado, o IPCA (principal índice de inflação brasileiro) de março veio abaixo das expectativas do mercado, desacelerando após avanço de 0,16%.

No acumulado dos últimos 12 meses, a inflação brasileira desacelerou para 3,93%. O teto da meta é 4,5%.

“Do ponto de vista qualitativo, a leitura foi melhor do que esperávamos. A melhora, quase que disseminada, nos núcleos foi animadora e reforça um cenário desinflacionário consistente no curto prazo”, avalia Igor Cadilhac, economista do PicPay.

“Aos olhos do ciclo de corte da Selic, esse panorama confirma a nossa visão de uma nova queda de 50 pontos-base do Copom”, complementa.

O economista da CM Capital, Matheus Pizzani, destaca os preços administrados, que registraram inflação de 0,25% no mês.

Apesar do ganho de 6,39% em 12 meses, acima da média, a movimentação de março é positiva “por conta do arrefecimento apresentado pelo grupo de transportes” após desaceleração do preço dos combustíveis”, avalia Pizzani.

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