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Açúcar foi de doce para amargo e grãos podem surpreender: Veja o que dizem os analistas sobre o setor – Money Times

Fonte: Vitoria Pitanga
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No Agro, a semana veio com o açúcar sendo destaque, após atingir o menor nível em 18 meses (Imagem: Getty Images/Canva)

Durante o mês de maio, o desempenho do açúcar nesse início da colheita no Centro-Sul levou a commodity ao menor nível em 18 meses. Além disso, o mix açucareiro em alta deixou a leitura inexata sobre potencial de safra.

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Em relatório assinado por Samuel Isaak, Martha Matsumura, Leonardo Alencar e Pedro Fonseca, a XP Investimentos aponta também que o Brasil vem se destacando em competitividade perante a soja.

Ao roubar a demanda de exportação dos EUA para a safra 24/25 e início de colheita da safrinha, os analistas ponderam sobre a possibilidade disso também trazer mais competitividade ao milho brasileiro.

Além do açúcar, o que dizem os analistas sobre o setor?

Grãos

  • Soja

A Central de Material e Esterilização (CME) registrou alta na última semana, em reflexo das chuvas no Rio Grande do Sul (RS). Na visão dos analistas, uma quebra no Estado é estimada em 5% por agentes locais.

“Chuvas iniciaram com 76% da soja colhida, hoje a colheita chega a 85%, mas toda área restante impactada por alta umidade.”

  • Milho

Nos Estados Unidos (EUA), o plantio está levemente atrasado. Assim, elevando risco de áreas mais expostas ao calor e seca no fim do ciclo de crescimento.

“No Brasil, começa timidamente colheita em alguns Estados, Mato Grosso tem 0,5% colhido, PR ainda não chega a 0,1%”, dizem os analistas.

  • Trigo

A incerteza com safra russa ainda é refletida na commodity, cujo consenso parece estar mais perto de 85/86 milhões a tonelada, contra USDA com 88 milhões a tonelada.

A estimativa independente no Kansas traz melhora de produtividade no trigo de inverno.

Carnes

  • Bovino

Segundo o relatório, houve um alongamento das escalas de abate e queda no preço do boi gordo.

Isso porque o volume robusto de oferta de animais neste início de ano, o fim antecipado das chuvas e o calor no Centro-Oeste tem forçado ajuste de lotação nos pastos.

Mesmo com volumes de exportação fortes neste início de maio, o preço médio da carne exportada contra abril caiu 1%.

  • Frango

Para a felicidade dos que trabalham no setor, o Brasil não registrou nenhum novo caso de gripe em ave silvestre desde 26 de abril.

Dessa forma, o preço da carne de frango exportada registrou queda no dado preliminar de maio, de 3% abaixo do registrado em abril.

“A colheita de milho traz alívio de oferta do grão no curto prazo e alojamento de pintainhos em maio deve seguir média diária de abril”, ponderam.

  • Suíno

O preço da carne exportada também registrou queda em abril, de 1%, enquanto os dados de abate mostram leve retração de 1,6% no primeiro trimestre de 2024 (1T24).

Açúcar

Na última semana, o açúcar estendeu-se em perdas, e atingiu o menor nível em um ano e meio.

Segundo os dados da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), a produção de açúcar no Centro-Sul registrou um montante de 2,6 milhões a tonelada em abril — aumento de 66% ano a ano.

“A cana moída está 43% acima de 2023, impulsionada pelo clima seco. Porém, a seca pode reduzir produtividades à medida que a colheita avança”, informam os analistas.

Além disso, enquanto a Índia espera que monções iniciem em 31 de maio, dentro do normal, a Austrália, a maior produtora de açúcar, informou que greves irão atrasar o início da moagem.

No caso da Indonésia, foi estabelecida uma meta de aumentar a produção de açúcar para 2,59 milhões a tonelada, em 2024, impulsionada por área.

Etanol

No etanol, a paridade na bomba ficou estável a 65,4% da gasolina. Segundo os analistas, o hidratado no atacado caiu 2,63% no mês com avanço da safra.

Para os analistas, as recentes mudanças na Petrobras (PETR3; PETR4) trazem à tona as dúvidas sobre a precificação da gasolina.

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