Anúncio foi feito uma semana após saída de Ariel Grunkraut. De acordo com empresa, missão do novo CEO é “marcar nova fase de house of brands” da companhia
Uma semana após anunciar a saída de Ariel Grunkraut, a Zamp, máster-franqueada das marcas Burger King e Popeyes no Brasil, anunciou a contratação de Paulo Camargo como novo CEO. O executivo ocupava o cargo de liderança da Espaçolaser havia cerca de dois anos, mas anunciou seu desligamento da companhia no último mês de março. Antes disso, foi CEO da operação brasileira do McDonald’s. Ele assume a posição na Zamp a partir de 1º de julho.
De acordo com comunicado divulgado à imprensa, Camargo apresenta “as habilidades necessárias para liderar a próxima fase de crescimento da companhia”. O objetivo da Zamp é se tornar uma “house of brands”, e uma das próximas aquisições será a operação brasileira do Starbucks, anunciada no último dia 6 de junho.
“Meu desafio é estabelecer uma base sólida para um crescimento sustentável, com infraestrutura de ponta para operar diversas frentes, utilizando recursos tecnológicos e excelência na gestão de pessoas. Pretendo aprender muito com os mais de 16 mil colaboradores da Zamp. Estar próximo deles é crucial nesta nova fase que estamos construindo”, afirma Camargo, em comunicado.
Nos 11 anos em que esteve à frente do McDonald’s, principal concorrente do Burger King no Brasil, Camargo realizou alguns feitos. Um dos últimos foi conseguir uma autorização global para institucionalizar o nome “Méqui”, alterando a fachada de alguns dos restaurantes, aproximando a marca dos consumidores. Já na Espaçolaser, ele conseguiu reverter o resultado negativo, levando a empresa ao lucro. No ano passado, o lucro líquido da Espaçolaser foi de R$ 6,6 milhões, contra um prejuízo líquido de R$ 47 milhões no ano anterior.
O executivo também acumula experiência internacional, atuando como CEO da Iron Moutain, na Espanha, e em cargos de liderança na YUM Brands. Em março, ao anunciar a renúncia ao cargo de CEO da Espaçolaser, Camargo conversou com PEGN e disse que “não tinha planos” de retomar a carreira corporativa por um tempo.
De acordo com ele, a decisão havia sido tomada para que ele tivesse “mais tempo livre” para tocar “projetos pessoais”, como a produção de um livro, mentorias de CEOs e palestras – frente em que ele passou a atuar desde o ano passado. “Eu sou um felizardo de ter trabalhado com tanta gente que me ensinou tanta coisa. Quero retribuir isso”, disse, à época.