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Vammo capta US$ 30 milhões em Série A; Conexa atrai Vivo Ventures: os destaques da semana no ecossistema

Fonte: Redação

Já está no clima de recesso por aí ou ainda é cedo? Para o ecossistema, o ano só acaba quando ele termina. Exemplo disso foi a captação da Vammo divulgada nesta semana. A startup de motos elétricas levantou uma Série A de US$ 30 milhões que teve a monashees na liderança.

Outra startup que garantiu um cheque antes do fim do ano foi a Conexa. A healthtech de telemedicina recebeu um aporte de R$ 25 milhões da Vivo Ventures, fundo de corporate venture capital da Telefônica. Com isso, seu serviço passará a ser oferecido para os milhares de clientes da telecom.

A semana também contou com a publicação dos relatórios de Distrito e Sling Hub sobre os investimentos recebidos pelas startups brasileiras e latino-americanas no mês de novembro. Spoiler: houve nova queda.

Nesta edição também trazemos a última matéria sobre a viagem de PEGN à Finlândia, com as oportunidades que o país oferece para quem quer empreender por lá.

Aportes

Vammo. A startup de mobilidade elétrica captou US$ 30 milhões em uma rodada Série A liderada pela gestora monashees, com a participação de Construct Capital, 2150 e Maniv Mobility. A injeção de capital será utilizada para ampliar as operações em São Paulo e iniciar a expansão para outros países, como Colômbia e México. Criada pelos norte-americanos Jack Sarvary (ex-Rappi) e Billy Blaustein (ex-Tesla), a Vammo (originalmente Leoparda Eletric) oferece aluguel de motos elétricas de diferentes marcas, incluindo serviços de troca de baterias e manutenção. O público-alvo são motoboys que trabalham em São Paulo. ​​

Conexa. A healthtech atraiu o investimento de R$ 25 milhões da Vivo Ventures, fundo de corporate venture capital da Telefônica – a estratégia da companhia é reforçar a oferta de produtos digitais para os seus clientes, incluindo de saúde e bem-estar. A plataforma de telemedicina anunciou há cerca de dois meses a fusão com a Zenklub, startup especializada em saúde mental. Criado em abril de 2022, o Vivo Ventures já investiu em outras três empresas: Klavi, Klubi e Digibee.

Carbigdata. A startup catarinense que utiliza inteligência artificial para recuperar carros roubados também captou com um CVC: o CV Idexo, fundo da Totvs, aportou R$ 5,5 milhões na empresa fundada em 2020. A Carbigdata opera a partir de imagens de monitoramento e vigilância captadas por empresas parceiras, como condomínios e comércios, para identificar a placa e as características de carros – atualmente, a startup monitora em torno de 500 mil licenças por mês, com 120 grandes clientes. Com o aporte, a empresa quer expandir a parceria com empresas e melhorar a IA para o reconhecimento de imagem e cruzamento de dados com outras bases.

InvestPlay. A fintech que trabalha com Open Finance captou um cheque de R$ 3,3 milhões com os fundos das aceleradoras BRQ, Osten Moove e Darwin Startups. O aporte será destinado para o aperfeiçoamento da solução, a ampliação da equipe e a estruturação de dados. A startup apoia instituições financeiras e empresas a melhorar a performance dos seus produtos e serviços a partir de inteligência de dados – jornadas de crédito, investimentos e cartões, entre outros.

Mell.ro. A fintech paranaense que desenvolveu uma plataforma de serviços para o mercado de aluguel residencial levantou uma rodada de R$ 1,5 milhão com Quintal Ventures, Levain Ventures e ex-gestores do QuintoAndar. Com os recursos, a startup pretende ampliar o time comercial e a rede de corretores cadastrados. Além do capital, houve investimento no formato de media for equity, que vai garantir exposição da marca nos veículos de comunicação do Grupo Ric, ao qual pertence a Quintal Ventures. Atualmente, a plataforma atende cerca de 9 mil usuários. Para expandir, a Mellro está desenvolvendo novos produtos financeiros, como antecipação de aluguel e comissão para corretores.

Mercado de Recebíveis. Fundada em maio por Henrique Echenique, ex-Itaú e ex-CERC, e Marcos Vinícius Trigo, ex-CERC, a fintech toma como base da solução a resolução do Banco Central que dispõe da obrigatoriedade do registro das duplicatas nas registradoras. A ideia é possibilitar que os recebíveis se tornem títulos negociáveis, para que o empreendedor tenha a oportunidade de buscar opções mais vantajosas de antecipação. A tese rendeu uma rodada seed de valor não revelado, liderada por Urca Angels. Segundo a empresa, com o aporte, sua avaliação de mercado atual é de R$ 70 milhões. O capital será usado em aprimoramento do produto, investimento em tecnologia e contratação de pessoas.

O que os números mostram

Distrito e Sling Hub divulgaram seus relatórios analisando os investimentos realizados em startups brasileiras e latino-americanas em novembro. Segundo os dados levantados, o ecossistema nacional segue recebendo grande parte dos investimentos da região, mas os números mostram que houve queda significativa no volume aportado.

De acordo com o Distrito, as startups brasileiras captaram US$ 90,4 milhões no período, em 36 rodadas. As startups latinas levantaram US$ 218,5 milhões em novembro, em 70 deals, uma queda significativa se comparado com o mês anterior, quando captaram US$ 398 milhões.

Já o Sling Hub indica que este foi o pior resultado desde julho de 2020. Segundo o relatório da plataforma de inteligência de dados, 72 startups latinas captaram US$ 287 milhões em novembro. No ano da pandemia, a mesma quantidade de empresas levantou US$ 193 milhões no mesmo mês.

As empresas brasileiras captaram US$ 164 milhões no período, 57% do investido na América Latina. Entre os três países que mais receberam aportes na região, o Brasil teve a menor queda na comparação com o ano anterior, com uma captação 10% inferior ao realizado em novembro passado. Ocupam o pódio Colômbia, com US$ 48 milhões recebidos, e México, com US$ 42 milhões.

A principal captação do mês foi a da Logcomex, startup brasileira especializada em comércio exterior, que anunciou uma rodada de US$ 33 milhões liderada pela Riverwood Capital.

Colocando o pé na Europa

No início de dezembro, PEGN esteve na Finlândia para a cobertura do Slush 2023, evento de inovação e tecnologia que aconteceu em Helsinque. Aproveitando a visita ao país, conversamos com representantes da agência governamental Business Finland, responsável por atrair investimentos e talentos para a Finlândia – inclusive brasileiros.

Os principais argumentos para atrair empreendedores estrangeiros são a ampla digitalização, a qualidade de vida e o fato de o país funcionar como uma ponte para outras nações europeias. “Não somos um mercado grande como o Brasil, por exemplo, mas é um bom lugar para testar produtos e serviços”, afirma Hanna Riski, senior advisor na Business Finland, responsável pela atração de startups ao país. “É uma porta para alcançar a União Europeia. A Finlândia usa euro, o que facilita as transações financeiras.”

A organização oferece majoritariamente dois tipos de apoio para pessoas que desejam ter empreendimentos no país. O primeiro é o investimento financeiro, que pode variar a depender de produto, setor e tamanho do negócio. Anualmente, a Business Finland investe mais de 100 milhões de euros (cerca de R$ 530 milhões) em projetos de inovação. O segundo é o acesso ao ecossistema de inovação finlandês, que inclui aceleradoras e incubadoras.

Para saber mais sobre como ter um negócio na Finlândia e os brasileiros que já empreendem por lá, leia a matéria no site.

Movimentações

Breakeven. Mais uma startup chegou ao ponto de equilíbrio neste ano: a Loft, plataforma de compra, venda, financiamento e aluguel de imóveis, anunciou o feito após cinco anos de fundação. Para chegar ao breakeven, o unicórnio priorizou a parceria com imobiliárias a partir da tecnologia e do uso de dados, em vez das iniciativas de compra, reforma e venda de imóveis próprios. A empresa afirma que encerrará o quarto trimestre de 2023 com crescimento de cerca de 30% na receita em relação ao mesmo período em 2022. Nos dois últimos anos, a Loft fez quatro rodadas de demissões.

Aquisição. A multinacional de tecnologia para gestão de negócios Senior Sistemas anunciou a compra da edtech Konviva, plataforma que desenvolve soluções de gestão de aprendizagem e educação corporativa para empresas de médio e grande porte. A startup possui 3 milhões de usuários e 250 clientes nacionais e internacionais. Antes da aquisição, as empresas foram parceiras por mais de uma década. A partir de agora, a solução de educação corporativa da Konviva será totalmente integrada à plataforma da Senior. O valor da aquisição não foi divulgado.

Oportunidades

Aceleração. A Eretz.bio abriu as inscrições para o programa Digital Health, voltado a startups que desenvolvem softwares e aplicativos para melhorar a jornada do paciente e dar suporte à tomada de decisão. Desde que iniciou as atividades há seis anos, a iniciativa da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Hospital Albert Einstein já apoiou mais de 120 startups. Interessadas devem se inscrever pelo site.

Deeptechs. O Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) lançou um programa de aceleração para deeptechs. Com inscrições gratuitas, a iniciativa prevê oferecer o acesso às instalações do Centro e o contato com um time de especialistas de pesquisa e desenvolvimento para trabalhar nos projetos. Para participar, a instituição exige que as startups tenham soluções com Nível de Maturidade Tecnológica (TRL, na sigla em inglês) 3 ou superior, CNPJ registrado há no máximo 10 anos, receita bruta inferior a R$ 16 milhões e que não tenham recebido investimentos de capital de risco superior a R$ 2 milhões, excluindo recursos de fomento a pesquisa. Para verificar as áreas procuradas pelo edital e fazer a inscrição até 31 de janeiro, acesse o link.

Região Norte. A Imagem Geosistemas, distribuidora da norte-americana Esri, empresa de software de sistema de informações geográficas, trouxe ao Brasil o programa de inovação aberta da companhia. O objetivo é oferecer ferramentas de ponta para otimizar o desenvolvimento de soluções com foco nas necessidades dos estados da região Norte, além de mentorias com especialistas em tecnologia geográfica. As inscrições podem ser feitas até 20 de dezembro pelo site.

Curtas

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