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Fonte: Redação

A proposta da startup Food To Save é conectar estabelecimentos com alimentos em bom estado, próximos ao prazo de validade, com clientes que desejam adquirir esses produtos pagando menos. Mas recentemente, usuários relataram nas redes sociais que tiveram experiências negativas com o aplicativo.

Um deles foi Felipe Mesquita. Em publicação no X em 11 de abril, ele contou que pediu uma sacola de produtos mistos de um supermercado e recebeu 15 pacotes de biscoito iguais, com prazo de validade expirando no mesmo dia. No vídeo, que ultrapassou 4,4 milhões de visualizações, o cliente conta que o pedido era de uma sacola de mercearia, com produtos no valor de R$ 45, pela qual ele pagou R$ 15,99.

O pedido foi feito no mercado Supernosso do bairro Buritis, em Belo Horizonte (MG). A publicação recebeu comentários de outros clientes que tiveram problemas com o aplicativo, incluindo um que citou ter passado por situação semelhante com o mesmo estabelecimento.

PEGN conversou com Lucas Infante, cofundador e CEO da Food To Save, no Web Summit Rio 2024, onde o empreendedor participou de um painel sobre startups de destaque, ao lado da fintech Dinie e da plataforma de OKR bud.

“O nosso compromisso é resolver os problemas, atuar na raiz e continuar o trabalho de reeducação da sociedade brasileira. Mudar um hábito de consumo e provocar a sociedade à reflexão sobre desperdício de alimentos não é simples. É um trabalho duro que não construímos sozinhos, mas ouvindo quem está nas duas pontas do negócio, estabelecimentos e usuários”, pontuou.

Fundada durante a pandemia, a Food To Save atua com o excedente de produção ou itens próximos ao vencimento de estabelecimentos como padarias, confeitarias e mercados, incluindo grandes marcas como a rede de hotéis Accor, o app de bebidas Zé Delivery, Kibon e Cacau Show. São mais de 3 mil estabelecimentos cadastrados na plataforma que recebem uma receita incremental com a venda desses produtos que inicialmente seriam descartados.

O CEO contou que, quando um estabelecimento passa a oferecer as sacolas surpresa, ele é submetido a um processo de onboarding e treinamento. No caso de reclamações pelos canais da plataforma, o negócio é notificado e uma reciclagem do conteúdo acontece para que não volte a haver recorrência.

Se o problema não for solucionado, o estabelecimento pode ser descredenciado. “Foram pouquíssimos casos ao longo da nossa história. O ser humano erra e tudo está sujeito à correção, mas se existe insistência, se está totalmente fora do nosso princípio, não faz sentido para nós. Existe uma regra clara de acompanhamento jurídico para que o app funcione bem”, declarou. A empresa diz ter estornado o valor pago pelo cliente prejudicado no caso dos biscoitos.

Disponível em 15 capitais e algumas regiões metropolitanas, a Food To Save captou R$ 14 milhões em novembro do ano passado para investir na expansão e na senioridade do time. A startup já registrou 1,5 milhão de pedidos no aplicativo.

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