A Solfácil, ecossistema em soluções solares, acaba de anunciar sua entrada no mercado de baterias solares com um investimento de US$ 1 milhão (cerca de R$ 5,9 milhões). Além de vender os equipamentos, a empresa oferecerá financiamento próprio para as baterias. De acordo a startup, o objetivo é democratizar o acesso à tecnologia.
O movimento amplia o portfólio da companhia em um segmento que, segundo a empresa, ganha tração com a busca dos consumidores por autonomia energética e previsibilidade nos custos. “O mercado de armazenamento está em um momento decisivo. Com a queda dos custos e a crescente demanda dos consumidores por soluções mais confiáveis, vemos um grande potencial de crescimento”, afirma Brian Korgaonkar, CPO da Solfácil.
No novo mercado, a empresa passa a comercializar equipamentos de íons de lítio (LiFePO4), considerado pela companhia uma tecnologia segura e de alta durabilidade. A empresa não abre dados sobre a expectativa de vendas com as baterias solares, mas afirma que está observando uma demanda “acima da projeção inicial”.
De acordo com Korgaonkar, o produto visa atrair tanto novos clientes que estão adquirindo sistemas solares, quanto consumidores que já contam com sistemas instalados e desejam modernizá-los. “Uma pesquisa recente com nossos integradores revelou que 83% têm interesse em baterias, o que reforça nossa confiança de que o canal atual será eficiente para atender a essa demanda”, diz o CPO.
O executivo também afirma que uma das principais estratégias envolvidas na iniciativa é a projeção de aumento nos valores das transações. “A inclusão das baterias no nosso portfólio tende a elevar o tíquete médio dos projetos e reforçar a proposta de valor para o cliente final. Para os integradores, representa a oportunidade de oferecer soluções mais completas e com maior rentabilidade”, aponta. Este ano, o tíquete médio da empresa chegou na casa dos R$ 22 mil – há 3 anos, girava em torno de R$ 30 mil.
A Solfácil surgiu há seis anos como uma fintech direcionada ao financiamento e instalação de placas solares em residências por meio de intermediários: os profissionais que atuam na ponta. Desde então, a empresa vem expandindo o leque de ofertas com a venda de equipamentos, além de trabalhos com seguros e dimensionamento de projetos.
No ano passado, a empresa obteve lucro pela primeira vez e dobrou sua operação de crédito e distribuição de equipamentos. Nos últimos cinco anos, cresceu 107 vezes e, em 2024, registrou faturamento de mais de R$ 1 bilhão. “Nosso crescimento se baseia em colocar o integrador no centro da estratégia e em oferecer um portfólio cada vez mais robusto de soluções para energia solar”, conclui Korgaonkar.