SEO: saiba como melhorar o posicionamento da sua empresa em ferramentas de busca

Fonte: Redação

O Search Engine Optimization, mais conhecido pela sigla SEO, pode ser traduzido como Otimização para Mecanismos de Busca. O termo pode parecer complexo mas, na verdade, explica uma prática simples — e fundamental — para negócios que querem ser encontrados facilmente em sites de busca, especialmente o Google.

Gestão:

“O SEO é a estratégia utilizada para otimizar essa engenharia de busca. Ou seja, são práticas aplicadas aos sites para que eles ocupem a primeira página dos buscadores”, explica João Finamor, professor de marketing digital da ESPM. Segundo o próprio Google, a maior parte dos usuários tem o hábito de mudar o termo de busca se não encontra o que procura na primeira página. “Então, o segredo é garantir o top 10”, diz o professor.

O que preciso fazer para o Google encontrar o meu site?

O Google utiliza uma ferramenta automatizada que explora a web constantemente. Isso significa que, em teoria, não é preciso fazer nada além de publicar na internet. Entretanto, podem existir casos em que o Google não encontra o site. A companhia cita as seguintes possibilidades:

  • O site é novo e ainda não foi rastreado;
  • O design do site dificulta o rastreamento efetivo do conteúdo;
  • O Google encontrou um erro ao tentar rastrear o site;
  • A política do site impede o rastreamento;
  • O site não está bem conectado a outros sites.

“Um site novo ainda é pouco acessado e demora um tempo para ser relevante a ponto de ser reconhecido pelo Google, já que o buscador deve analisar inúmeras páginas na internet. Um site que segue boas práticas de SEO leva cerca de seis meses para ser encontrado”, diz Vanessa Helena, consultora de negócios do Sebrae-SP.

Caso a página ainda não seja encontrada, é fundamental identificar se as boas práticas de SEO — que estão explicadas abaixo — estão sendo aplicadas.

Como pequenos negócios podem se destacar?

Finamor lembra que nem sempre é fácil para um pequeno negócio ficar bem posicionado no Google. “Uma empresa desconhecida de doces não vai conseguir competir com uma marca como a Lacta, por exemplo”, afirma. Focar em um bom posicionamento no bairro, por exemplo, é mais eficaz.

Ele recomenda começar criando um Perfil de Empresa no Google, anteriormente chamado de Google Meu Negócio. “É possível alimentar a página com conteúdos sobre o empreendimento, inserindo fotos, horário de abertura, telefone etc.”, afirma.

Os resultados de busca são divulgados de acordo com a localização do usuário. Dessa forma, possíveis clientes conseguem saber se a loja está aberta já no momento da pesquisa. Por exemplo: buscas feitas em Aracaju (SE) não terão os mesmos resultados de pesquisas iguais realizadas em Goiânia (GO).

Utilização de palavra-chave

Helena diz que muitas plataformas desenvolvedoras de sites já vem com uma ferramenta integrada de SEO, em que os empreendedores podem escolher “palavras-chave” para que seus negócios sejam encontrados mais facilmente em plataformas de busca.

Um dos maiores pontos de atenção dentro dessas plataformas é o “Título SEO”. Esse é o nome como a organização aparece no resultado de busca, com o nome clicável na cor azul. “Ele deve ter o nome da empresa e a palavra-chave mais importante, que represente o negócio. Por exemplo, se vende um tipo de doce, deve citar qual é”, afirma Finamor. O limite é de 60 caracteres.

Link clicável no Google — Foto: Reprodução
Link clicável no Google — Foto: Reprodução

Para criar o título, é fundamental entender como os usuários fazem as buscas na internet. O professor recomenda consultar o Google Trends e o Planejador de Palavras-Chave do Google, que fica dentro da plataforma Google Ads. “Ambas as ferramentas são utilizadas para saber a relevância da palavra, ou seja, entender o volume de pesquisa desses termos”, explica. O ideal é usar expressões com mais de 100 mil buscas mensais. “Leve em consideração quais frases o cliente possivelmente usa, se escreve corretamente e se utiliza uma expressão regional,” diz.

As palavras-chave também podem ser usadas para nomear imagens que serão inseridas nos sites, já que o Google também é capaz de rankear fotos, lembra Helena.

A consultora acrescenta que os empreendedores podem — e devem — atualizar suas informações de SEO quando necessário. “Não é algo estático. O produto ou serviço pode mudar, assim como o cliente. É preciso ficar de olho e fazer alterações”, afirma.

Blogs com conteúdo relevante

Criar um blog para se comunicar diretamente com os clientes é uma estratégia eficaz para conversar com seus consumidores. “O blog atrai pessoas que não estão necessariamente buscando por um produto ou serviço, mas sim uma informação. O internauta pode encontrar um conteúdo que o interessa e ser direcionado para uma página de compra”, afirma Helena. “Por exemplo, uma mãe procura dicas para que a criança pare de usar a mamadeira. Ela vê um conteúdo que é útil e descobre que a autora foi uma psicóloga que vende ebooks sobre maternidade. Então, ela compra aquele livro.”

Finamor também recomenda que o empreendedor crie um blog dentro do site da empresa para explorar o universo que envolve o negócio. “Os empreendedores não precisam ser literais. Uma organização de revenda de carros pode ir além das palavras ‘carro’ e ‘automóvel’. É possível criar conteúdo sobre estradas, pneus, direção, gasolina e viagem. Todos esses assuntos pertencem ao mesmo tema, e o Google entende isso”, explica o professor.

Como o Google avalia as páginas em toda a sua extensão, as palavras mais importantes devem estar no topo. “O indicado é seguir a hierarquia da informação. O primeiro parágrafo deve conter as informações mais importantes do que representa aquele conteúdo, com as palavras-chaves mais relevantes. No meio, as informações complementares. No final, apenas informações adicionais”, afirma. Idealmente, os posts de blog devem ter a partir de 2,5 mil caracteres para melhorar a posição da empresa nos mecanismos de busca. Não é recomendado produzir textos com menos de 600 caracteres.

Melhorias técnicas no site

Ninguém — nem o Google — gosta de entrar em um site que demora para carregar ou onde as informações são difíceis de ser encontradas. Assim, os empreendedores devem se concentrar em melhorias técnicas para que a página seja veloz e bem lida em dispositivos móveis.

O desenvolvimento começa no site map, também conhecido como mapa do site, que indica a hierarquia e relevância do conteúdo para os motores de busca.

Isso é feito por meio de códigos HTML, usados para construir um website. O H1 é geralmente o título principal, seguido pelo H2 para subtítulos e assim por diante, explica Finamor. “Indicar a relevância das palavras-chave ajuda os motores de busca a entender a estrutura da página, melhorando a indexação e a compreensão do tema, o que pode impactar positivamente no ranking do site nos resultados de pesquisa”, diz.

O professor sugere ferramentas como Ubersuggest, Moz e Semrush, que testam se os sites estão funcionando bem tecnicamente.

Como saber se as estratégias estão dando certo?

É analisando as métricas que o empreendedor vai saber se suas táticas estão rendendo resultados positivos. Helena recomenda conferir o número de acessos no site por dia, e quantas dessas pessoas realizaram uma compra. “Se 10 pessoas acessaram e 9 compraram, é uma taxa alta de conversão. Entretando, ainda são poucas pessoas entrando na página. Então, talvez, seja melhor rever as ações de SEO para atrair mais potenciais clientes.”

“O próprio Google Analytics [plataforma de coleta dados em apps e sites] revela a origem do tráfego e quais palavras estão levando as pessoas até a página”, explica Finamor. Ele acrescenta que também é possível rastrear a origem das compras realizadas na plataforma para identificar como uma pessoa encontrou o site da empresa.

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