Com duas estrelas Michelin no currículo, o restaurante dinamarquês Alchemist diz ter a proposta de fazer os clientes “refletirem” a partir da elaboração de seus pratos. O estabelecimento fica em uma área industrial nos arredores de Copenhague e trabalha com pratos como “frango enjaulado” e “sorvete de sangue”, desenvolvidos pelo chef Rasmus Munk, de 32 anos.
O Alchemist divulga um manifesto sobre cozinha holística em seu site oficial, no qual explica a estratégia para “redefinir” a gastronomia e “criar uma experiência sensorial abrangente e dramaturgicamente orientada”. Ao site France 24, o chef diz que “a ambição é mudar o mundo por meio da gastronomia”.
Bombou nas redes:
Munk abriu o Alquimista em 2015, depois de chamar a atenção com um prato inspirado no câncer de pulmão de sua avó. O prato se chamava ‘o Cinzeiro’ e continha batatas ‘biodinâmicas’, cebolas glaceadas e bacon crocante. A aparência lembrava a de um cinzeiro usado.

A equipe elabora pratos que lembrem restos de produtos utilizados na cozinha, como olhos, sangue, vísceras e cérebros de animais. Também há frutas, vegetais e frutos do mar deformados.
Hoje, o menu tem pratos que remetem desde ao meio ambiente até à doação de sangue. Uma barra de chocolate em forma de caixão, por exemplo, foi projetada para destacar o trabalho infantil na indústria do chocolate.

Um prato de mandíbula de bacalhau vem embrulhado em plástico comestível, para enfatizar a questão da poluição nos oceanos, enquanto uma sobremesa vermelha em forma de gota pede aos clientes que considerem a doação de sangue e órgãos. Há ainda um que merece um olhar especial: um globo ocular feito de caldo de bacalhau.
O jantar custa cerca de 560 libras (cerca de R$ 3,5 mil, na cotação de hoje), de acordo com o Daily Mail, e não inclui harmonização com vinhos. As bebidas, aliás, são entregues em esculturas de bronze que simulam diversas mãos entrelaçadas.