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Post gera debate ao questionar negociação com influencers:

Fonte: Redação

Quanto custa produzir conteúdo para as redes sociais? A resposta para esta pergunta dividiu opiniões entre usuários do Threads após uma empreendedora questionar o faturamento de influenciadores digitais. Em uma publicação feita há dois dias, Rafaela Campregher, fundadora da Click Laranja, empresa de produção de vídeos curtos para as redes, compartilhou uma reflexão sobre o preço cobrado por uma criadora de conteúdo. O post já alcançou 377 mil visualizações.

“Orcei uma influenciadora de comidas aqui da região onde eu moro, e o valor é R$ 3.500,00 por 1 Reels e 3 stories. Fiz uma conta aproximada e ela deve ganhar R$ 56 mil por mês para comer de graça e gravar uns vídeos sem muita edição, afinal, o foco é no produto”, escreveu Campregher. A empreendedora disse que não estava questionando o preço específico da criadora de conteúdo em questão, mas o “momento em que vivemos”.

A publicação gerou um debate nos comentários. Enquanto alguns usuários defenderam o apontamento da autora do post, outros destacaram o que está por trás do preço cobrado em produções para as redes sociais. “Não é só criar uns vídeos e comer de graça. Tem a construção da comunidade, conhecimento em marketing, trends, captação de imagem, edição, roteiro. Para ser influenciador, você trabalha e estuda muito”, disse um internauta.

Publicação feita por @rafacampregher — Foto: Reprodução/Threads
Publicação feita por @rafacampregher — Foto: Reprodução/Threads

Procurada por PEGN, a empreendedora responsável pela publicação não retornou até o fechamento da matéria. O espaço segue aberto.

Como funciona a precificação de influenciadores

Mais do que o custo para a produção de um conteúdo para a internet, métricas como seguidores, alcance e engajamento são alguns dos fatores que influenciam o preço cobrado por influenciadores digitais. Segundo Patrícia Gil, professora da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) com foco em gestão da reputação e sócia-diretora da DGPR, agência de inteligência em comunicação corporativa, os preços são definidos a partir de dois componentes principais: o trabalho para a produção de conteúdo e o valor agregado do influenciador.

De acordo com Gil, a primeira parte da precificação envolve elementos como a dedicação de tempo e infraestrutura para a criação do serviço. Já o valor agregado, que pode ser mais subjetivo, se refere às percepções que o influenciador empresta para uma empresa ao se associar à marca. Para a professora, uma negociação positiva para as duas partes pode envolver ainda um terceiro componente: a taxa de sucesso, que deve ser negociada entre o contratante e o contratado. “Você pode colocar parte do valor a ser pago alinhado com o resultado prometido”, diz.

Para isso, as empresas que buscam parcerias com influenciadores digitais devem estar atentas às métricas das redes sociais. Segundo Gil, o maior destaque deve ser o engajamento e, em alguns casos, a taxa de conversão, que os influenciadores podem medir a partir de resultados obtidos com contratos anteriores.

“Especialmente quando falamos em um público de pequenas e médias empresas, que não tem um orçamento muito vasto para a publicidade, qualquer valor investido tem que ser muito certeiro. A indicação dessa precisão de resultados, mais do que o alcance, está atrelada ao quanto esse influenciador de fato chega e influencia seu público”, conclui.

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