Pix passa a ser quase obrigatório com fim de DOC e TEC nos bancos; veja como adotar no seu negócio

Fonte: Redação

Com o crescimento no uso do Pix para transferências bancárias, o Documento de Ordem de Crédito (DOC), um dos meios mais tradicionais das últimas décadas, deixou de ser oferecido como opção para os clientes das instituições bancárias associadas à Federação Brasileira de Bancos (Febraban) nesta segunda-feira (15/1). A Transferência Especial de Crédito (TEC), utilizada por empresas para o pagamento de benefícios a funcionários, também foi descontinuada.

Na prática, a interrupção dos serviços de DOC e TEC não deve impactar o dia a dia financeiro dos negócios. “Foi uma transição natural porque o Pix tem características mais vantajosas. Era uma morte já anunciada, assim como foi com o cheque, que traz benefícios não apenas para os donos de negócios, mas para o sistema financeiro em si, pela agilidade”, afirma Guilherme Dietze, assessor econômico da FecomercioSP.

Criado em 1985 pelo Banco Central, o DOC permitia movimentações financeiras de até R$ 4.999,99, que eram efetivadas um dia depois de o banco receber a ordem de transferência, caso houvesse sido solicitada até as 22h. A transação também podia ser agendada para beneficiar contas de titularidades diferentes e bancos diferentes.

A TEC tinha o mesmo limite para as movimentações, mas garantia que as transferências seriam feitas até o final do mesmo dia em que a ordem aconteceu e possibilitava que o emissor transferisse recursos para várias contas ao mesmo tempo. Ambas eram realizadas a partir do pagamento de tarifas, que eram determinadas por cada instituição financeira.

De acordo com um levantamento feito pela Febraban com dados do Banco Central, apenas 0,05% das 37 bilhões de operações feitas no primeiro semestre de 2023 foram por DOC, 18,3 milhões de transações. O DOC perdeu até para o cheque, que registrou 125 milhões. O Pix é, com vantagem, o meio de pagamento preferido dos brasileiros: foram 17,6 bilhões de transações no período.

Pix:

O Pix, por ser um método instantâneo, traz mais agilidade. Também há redução no custo, porque não existe cobrança de tarifa nessa modalidade. Desde janeiro de 2023, o Pix deixou de ter limite individual por transação, funcionando com regras diferentes a depender do período do dia. O Banco Central também retirou o limite para transferências a contas de pessoas jurídicas, mas cada instituição financeira determina o valor máximo.

Na opinião de Dietze, não há desvantagens na adoção do Pix. “As inovações vêm para trazer modernidade e segurança para o usuário. O benefício é maior do que a dúvida. Ele facilita a vida e traz praticidade e economia”, declara. Para quem ainda não adotou o método de pagamento, o especialista indica tentar utilizar aos poucos para entender na prática os benefícios.

Para quem trabalha atendendo o público, a dica do assessor é deixar o QR Code visível, para facilitar o pagamento. Indicar apenas o número da chave Pix pode causar confusão e dificultar o processo. Também é importante cadastrar o nome do estabelecimento na conta para que haja identificação clara, evitando golpes.

A Transferência Eletrônica Disponível (TED) continuará a ser oferecida como alternativa pelas instituições financeiras. Antes da criação do Pix, a TED era a opção escolhida quando era necessário fazer transferências de valores acima do teto do DOC. Ela permite o recebimento do dinheiro no mesmo dia, se a ordem for solicitada dentro do horário comercial em dias úteis.

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