Sebrae defende empreendedorismo como pilar para o desenvolvimento econômico e inclusão social
Nesta quinta (24) e sexta-feira (25), o grupo formado pelas lideranças empresariais das maiores economias do mundo se reúne, em São Paulo, para discutir propostas de políticas públicas que devem influenciar as decisões do G20. O aumento da produtividade por meio da inovação foi um dos princípios norteadores de propostas elaboradas pelo B20 Brasil, grupo de engajamento das principais lideranças empresariais dos países do G20, que também incluem nações da União Europeia e União Africana.
“Pequenos negócios são os inclusivos de um futuro sustentável. Quando falamos em desenvolvimento econômico e inclusão social, os pequenos negócios são, sem dúvida, o maior pilar. No Brasil, esses negócios representam 95% das empresas e são responsáveis por mais de 50% dos empregos formais. No programa ‘Brasil Mais Produtivo’, por exemplo, estamos trabalhando na transformação digital dos pequenos negócios, em busca de maior produtividade. Já alcançamos 44 mil empresas em todo o território nacional. Quando falamos em desenvolvimento econômico e inclusão social, os pequenos negócios são, sem dúvida, o maior pilar”, afirma Décio Lima, presidente do Sebrae Nacional.
No Brasil, esses negócios são responsáveis por mais de 50% dos empregos formais. Além disso, 30% de toda a produção de bens e serviços do PIB brasileiro vem desse segmento, o que demonstra o impacto desses empreendimentos na nossa economia.
Esses pequenos empreendimentos também têm sido protagonistas em inovação, particularmente no ambiente de startups. Com soluções criativas, elas estão revolucionando setores como bioeconomia, saúde, educação, finanças e energia sustentável. Não é por acaso que 70% dos pequenos negócios no Brasil já adotaram práticas de sustentabilidade, contribuindo para a transição energética e a descarbonização da economia.
Como parte desse processo, o Brasil já se destaca globalmente por ter uma das matrizes energéticas mais limpas e por ser o 6º maior produtor de energia solar do mundo. Quando olhamos de perto, vemos que os pequenos negócios estão, de fato, liderando essa revolução verde em seus respectivos setores.
No entanto, o sucesso dessas empresas e sua contribuição para o desenvolvimento sustentável só será possível se houver um acesso facilitado a instrumentos de financiamento e condições diferenciadas para sua operação.
O Sebrae vem atuando no programa Acredita, que prevê aval e crédito consciente aos pequenos negócios. Além disso, a recente aprovação da reforma tributária é um passo importantíssimo para resolver isso. O nosso conceito é de justiça tributária e de garantia que, sempre, os que ganham mais, pagarão mais impostos, o que vai representar um benefício, justamente, para os pequenos. Não só para o empreendedorismo, mas para o Brasil, a Reforma Tributária será uma verdadeira revolução.
Décio Lima, presidente do Sebrae Nacional.
“Os impactos da Reforma serão positivos, especialmente em relação à simplificação e eficiência. Além disso, após sua implementação, é fundamental garantir que os princípios constitucionais que preveem tratamento diferenciado, simplificado e favorecido para os pequenos negócios sejam respeitados, assegurando um ambiente de negócios mais justo e competitivo”, acrescenta o presidente Décio Lima.
Na sustentabilidade também já alcançamos passos largos.
O Brasil conquistou redução de 52% no desmatamento da Amazônia em 2023, em comparação com o ano anterior. Temos uma das matrizes de energia mais limpas do mundo.
E o país é o 6º maior produtor de energia solar do mundo. Neste universo, ao colocarmos a lupa, vamos ver os pequenos negócios, as formiguinhas no visor do microscópio, revolucionando nos nossos biomas. Transformando ideias e sonhos em negócios. Esses pequenos negócios também são parte essencial das cadeias globais de valor. Eles atuam como elos fundamentais, integrando-se de forma cooperativa e sustentável com grandes empresas. Temos visto isso em prática em 2024, com grandes parcerias nacionais e estaduais envolvendo gigantes como AMBEV, Coca-Cola, Natura, Renner, entre outros. Essas colaborações ampliam a competitividade dos pequenos negócios e promovem a sustentabilidade nas cadeias de valor.
Apesar de sua relevância, os pequenos negócios continuam sub-representados em muitas negociações e acordos internacionais. O Brasil, por meio de sua presidência em fóruns como o G20, COP-30 e, a partir do ano que vem, dos BRICS, tem uma oportunidade única de mudar esse cenário. Podemos liderar o caminho para que os pequenos negócios estejam no centro das discussões globais sobre desenvolvimento sustentável, inovação e inclusão socioprodutiva. Esses empreendimentos são a base de um futuro mais justo, resiliente e sustentável, e o Brasil pode ser o líder que colocará essa agenda como prioridade mundial.