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Natura confirma negociações para venda da Avon

Fonte: Redação

Gestora IG4 é uma potencial compradora; em 2023, marca brasileira se desfez da britânica The Body Shop


A Natura concluiu a compra da Avon em 2020
A Natura concluiu a compra da Avon em 2020 — Foto: Photo Illustration by Rafael Henrique/SOPA Images/LightRocket via Getty Images

A Natura divulgou um fato relevante nesta quinta-feira (20/2) para informar o mercado que avalia a possível venda das operações da Avon fora da América Latina. A gestora IG4 é uma potencial compradora e as negociações ocorrem com exclusividade, mas ainda se encontram em fase inicial. A companhia segue considerando outras alternativas estratégicas, segundo o documento.

No mês de dezembro, a Natura já havia anunciado a retomada dos estudos sobre o futuro da Avon fora da América Latina, considerando possibilidades como separação, venda ou parcerias. Em 2023, a Natura vendeu a operação da britânica The Body Shop para o fundo de private equity Aurelius.

A Natura concluiu a compra da Avon em 2020. Naquele momento, a empresa americana estava avaliada em cerca de US$ 2 bilhões. No ano passado, a Avon Products, holding internacional da marca, entrou com pedido de proteção contra credores nos Estados Unidos, medida que seria equivalente à recuperação judicial no Brasil.

Roberto Kanter, professor de MBAs da FGV e especialista em varejo, afirma que a transformação digital nos hábitos de consumo tem impactado a dinâmica do mercado de cosméticos.

— Empresas sem um DNA multinacional enfrentam grandes problemas para trabalhar com muitos mercados — explica o especialista. — Produzir motores ou aço em diferentes países é relativamente simples, mas lidar com consumo, indulgência e hábitos psicográficos e etnográficos exige um conhecimento profundo do mercado para dar certo.

Para Kanter, a expansão empresarial para fora do Brasil ou da América Latina demanda uma cultura de autonomia local, permitindo a adaptação de linhas de produtos e estratégias aos consumidores de cada região. Além do distanciamento da marca em relação aos consumidores internacionais, fatores como a valorização do dólar e do euro podem ter inviabilizado a manutenção das operações.

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