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Mundo Animal aposta em dark kitchen de pratos executivos para turbinar faturamento das franquias

Fonte: Redação

Um novo negócio tem sido pilotado em duas cozinhas da rede de lanchonetes temáticas Mundo Animal, em São Paulo, há menos de um mês. A dark kitchen IssoQueÉComida! tem o objetivo de ajudar a aumentar o faturamento das operações, inserindo a marca em outros momentos de consumo. A novidade foi antecipada a PEGN.

Adriano Giachini, diretor de Novos Negócios da M&A Franchising, holding detentora da Mundo Animal, diz que a empresa já vinha buscando formas de incrementar o portfólio da franqueadora e resolveu tentar surfar na mudança do comportamento do consumidor, que tem dado mais atenção à alimentação saudável e caseira. Ele avalia que o novo negócio ainda pode ajudar a trazer renda recorrente para as lojas.

“No nosso modelo tradicional de negócio, não é comum a mesma família ir duas ou três vezes por semana ao restaurante. Na IssoQueÉComida!, podemos trazer esse cliente com mais frequência, mesmo que no delivery, com opções diferentes de cardápio”, explica.

A nova marca oferece pratos executivos, como estrogonofe de frango, contra-filé grelhado, filé de tilápia à milanesa e macarrão fusilli ao molho de calabresa, com preços a partir de R$ 22,90. Também é possível montar a própria combinação, escolhendo entre guarnições, proteínas e saladas. “É um cardápio de culinária intermediária, não tão básica, mas que é uma alavanca”, avalia Giachini.

Adriano Giachini, diretor de Novos Negócios da M&A Franchising — Foto: Divulgação
Adriano Giachini, diretor de Novos Negócios da M&A Franchising — Foto: Divulgação

As duas operações têm funcionado há menos de um mês em restaurantes próprios da M&A – a primeira foi aberta em 10 de julho. Com o pouco tempo, Giachini ainda não tem uma métrica quantitativa, mas afirma estar colhendo bons feedbacks de consumidores. “Estamos com boas avaliações e boas notas no iFood. Isso é muito importante nessa fase”, afirma.

A Mundo Animal atualmente tem 80 unidades e deve chegar a 90 neste ano. A projeção é que a rede fature R$ 300 milhões em 2024, repetindo o resultado do ano passado.

De acordo com o executivo, o “restaurante invísivel” deve ser testado por mais dois ou três meses antes de ser disponibilizado para os franqueados. “Somos contra franquear ideias. Temos que ter o negócio pronto, testado e validado antes de trazer franqueados.” No momento, a rede desenha como o negócio deve funcionar, incluindo aspectos de territorialidade e zoneamento, por exemplo.

Uma característica já citada pelo executivo é que a marca deve atender a mercados menores e poderá ser levada para outras cozinhas, além da Mundo Animal.

Giachini é cauteloso ao cravar expectativas, mas diz esperar algo em torno de 15% a 20% de crescimento nas unidades com a implementação da IssoQueÉComida!, número em linha com o que vem sendo registrado por outras franqueadoras que apostaram em estratégias similares.

Uma pesquisa divulgada no ano passado pela Associação Brasileira de Franchising (ABF) e pela consultoria especializada em food service Galunion mostrava que 50% das redes de franquias de alimentação operavam com marcas invisíveis, e 95% eram operacionalizadas dentro de lojas físicas já existentes. Alguns exemplos são o Grupo Trigo, que chegou a criar algumas dezenas de marcas puramente digitais, e o Giraffas, que lançou o negócio de marmitas Saffari.

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