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Milionária que empreendeu aos 19 revela seu

Fonte: Redação

Com mais de 26 anos de experiência, a especialista empresarial e investidora, Candy Valentino, construiu um patrimônio milionário ao se enveredar pelo mundo dos negócios. No entanto, ela precisou enfrentar algumas dificuldades familiares até conseguir abrir a sua primeira empresa aos 19 anos.

Na infância, ela morava com a família em um parque de trailers na cidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos. Por causa das dificuldades, Valentino e os pais dependiam de assistência social e do governo. A situação se agravou ainda mais após a demissão do patriarca da família, que atuava como mecânico.

O cenário começou a mudar quando ela tinha apenas cinco anos. Isso porque o seu pai fez um acordo e resolveu investir em um negócio próprio em uma garagem no porão. A empresária conta que passou a ficar grande parte do tempo no estabelecimento até os 16 anos. “Eu era deixada naquela pequena oficina mecânica todos os dias enquanto meu pai consertava carros, soldava metais e fazia todas as coisas que você faz em uma garagem suja e engordurada”, diz em entrevista à revista Entrepreneur.

Segundo Valentino, a experiência mais próxima da oficina do pai despertou seu interesse pelos negócios ainda na adolescência. “Em vez de aprender dança ou futebol, aprendi sobre pequenos negócios. Atendi telefones, digitei na máquina de escrever e interagi com clientes. Cresci dentro de um pequeno negócio”, afirma.

A partir desse conhecimento, a jovem decidiu abrir a sua própria empresa aos 19 anos. Embora tenha considerado ser a primeira da família a iniciar uma faculdade, ela optou pelos negócios depois que leu um livro que dizia que não era necessário buscar uma educação cara para ter sucesso na vida profissional.

Além disso, ela destaca que a maior motivação foi o desejo de lutar contra a pobreza. “A única razão pela qual eu queria começar um negócio quando era mais jovem era porque eu não queria ser pobre. Eu queria ter um ambiente diferente.”

Com isso, a sua primeira ideia foi empreender em um Spa. A inspiração veio depois da sua primeira visita ao tipo de estabelecimento em uma viagem a Nova York. Esse momento marcou sua formatura do ensino médio e primeira vez fora do estado. Para ela, o Spa pareceu ser mais do que um lugar relaxante, mas uma grande oportunidade de negócio.

Em seguida, Valentino apresentou a ideia para a Small Business Administration (SBA), entidade governamental norte-americana que buscava financiar empreendedoras no final de 1990. Após a apresentação, ela conseguiu um empréstimo e tinha 45 dias para colocar o projeto para funcionar. “Muitas vezes penso que foi um momento um pouco divino”, relembra.

A jovem aceitou o desafio e se tornou pioneira no espaço, alcançando lugar de destaque na carreira empresarial. Desde então, ela já começou e vendeu duas empresas, ajudou a construir novos negócios e fundou a organização sem fins lucrativos Heal Animal Rescue. Além disso, Valentino investiu no setor imobiliário com o fluxo de caixa e ganhou ainda mais visibilidade, com a apresentação do programa The Candy Valentino Show e autoria de best-sellers.

Confira as dicas da empresária para alavancar seus negócios:

Disposição

Em meio ao sucesso na carreira, a empresária se tornou uma inspiração para outras mulheres que estão em busca de crescimento nos negócios. Por isso, ela ressalta a importância da disposição em trabalhar mais duro do que qualquer pessoa, principalmente no início da empreitada.

“Mesmo quando você não tem todas as respostas certas, mesmo que você não saiba o que fazer no começo, para ter sucesso em qualquer coisa, temos que ter a coragem de nos comprometer”, reforça.

Lucratividade

Contudo, ela alerta para a necessidade de entender a diferença entre lançar o negócio e sustentá-lo ao longo dos anos. Para Valentino, as empreendedoras precisam construir um conjunto de habilidades nesse processo, como a atenção com as finanças da empresa.

A determinação foi o que me fez começar, mas a perspicácia financeira foi o que me fez continuar. A única coisa que vai separar você de todos os outros é sua capacidade de liderar a empresa no que se refere à receita e à lucratividade”, frisa.

Na sua trajetória à frente das empresas, ela enfatiza que sempre buscou aprender “todas as coisas chatas que ninguém queria fazer”. Valentino, que ama matemática, passou a mergulhar no universo da contabilidade e até dos impostos.

“Eu desenvolvi o hábito [de considerar], No que eu preciso prestar atenção? Quais números dentro do meu negócio estão falando comigo? Quais dados e métricas eu preciso aprender? Isso mudou tudo.”

Liderança

Outro ponto levantado pela empresária foi a capacidade de liderança no negócio. Ela conta como subverteu o estigma machista dentro do mercado liderado por homens. Quando decidiu começar o negócio, ela diz que uma das suas mentoras mais significativas foi uma mulher chamada Anne Degre.

“Ela se tornou um exemplo real de como é ser ousada [e] liderar em um espaço dominado por homens”, conta.

Gentileza

Não bastava liderar, a ideia de Valentino era seguir a regra de tratar os outros como gostaria de ser tratada, considerando o crescimento da sua equipe de funcionários ao longo dos anos.

Ela reforça que é possível ser gentil, compreensiva e, ao mesmo tempo, firme. “A maioria das pessoas que trabalham para mim diria que espero grandeza não apenas delas, mas de nós e de toda a organização. Quando [aceitamos] a mediocridade, a empresa não vai conseguir o que pode.”

Preparação

Mesmo diante dos desafios, a empresária destaca a necessidade de se sentir bem e estar preparada para qualquer situação. Segundo ela, a questão virou um “superpoder” na sua carreira. “Eu sabia exatamente do que estava falando, então ninguém poderia me abalar”, diz ela, relatando a falta de atenção e até suposição em alguns ambientes comandados por homens.

Ela ainda pontua que há muito espaço para apoiar mais mulheres nos negócios, com destaque para as áreas de finanças, capital de risco e private equity. “Às vezes, as mulheres subestimam seu poder porque pensam: ‘Ah, eu não tive essa experiência’, ou ‘Eles não estão me levando a sério'”, aponta.

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