Criança começou a passal mal cerca de 30 minutos após a refeição e apresentou espasmos, vômitos e dificuldades respiratórias
Uma menina de 9 anos morreu após consumir um prato de nhoque em um restaurante local da periferia de Roma, na Itália. A principal hipótese das autoridades é que a criança tenha sofrido um choque anafilático devido a uma alergia ao trigo. O caso, ocorrido em 6 de dezembro, está agora sob investigação do Ministério Público italiano por possível homicídio culposo.
A menina começou a se sentir mal cerca de 30 minutos após a refeição, já em sua casa. Segundo a imprensa italiana, espasmos, vômitos e dificuldades respiratórias foram os primeiros sinais relatados. O quadro piorou rapidamente com perda de consciência e uma parada cardíaca. Apesar do atendimento hospitalar de emergência, os médicos confirmaram sua morte cerebral.
A mãe da menina, Valentina, relatou que pediu ao restaurante para verificar a embalagem dos nhoques antes de servi-los, pois os pais sempre foram muito atentos devido à alergia ao trigo e à predisposição à doença celíaca da filha. “Estamos sempre atentos, não sei o que aconteceu. Estou desesperada”, declarou.
Após o episódio, os membros das forças de segurança pública responsáveis por investigações criminais, e a unidade especial da polícia italiana focada em segurança alimentar e saúde pública, abriram uma investigação para verificar possíveis falhas na preparação e serviço do prato.
O restaurante, especializado em opções sem glúten, possui cozinhas separadas para evitar contaminação cruzada. “Se há patologias específicas, os clientes devem nos avisar”, explicou o proprietário do restaurante Fantasie di Napoli.
Valentina administrou medicamentos de emergência à filha, incluindo adrenalina e um anti-asmático, mas a menina não respondeu ao tratamento. A criança foi levada ao hospital Policlinico Casilino em parada cardíaca e depois transferida ao pronto-socorro pediátrico do Gemelli, onde foi constatada sua morte cerebral na manhã seguinte.
Os pais aceitaram doar os órgãos da filha. Na escola de Martina, colegas e professores organizaram homenagens. “Ela era uma menina doce, exemplar nos estudos. Foi uma tragédia que nos deixou desolados”, disse a diretora Serafina Di Salvatore. Flores e velas teriam sido deixadas no banco escolar que a menina ocupava.