Apesar das críticas frequentes de empresários aos trabalhadores da Geração Z, novos estudos indicam que esses jovens profissionais são, na verdade, grandes defensores de uma cultura de escritório sólida e engajada.
Segundo um relatório da Indeed, os jovens entre 18 e 34 anos mostraram ser os maiores defensores de interações presenciais e atividades que promovem conexões no trabalho. Na pesquisa, 91% afirmaram que eventos externos aumentam o engajamento e 95% destacando o impacto positivo das festas de fim de ano.
Essa visão vai além das festividades. A KPMG também destacou que a Geração Z quer empresas que incentivem happy hours e confraternizações para facilitar amizades no ambiente de trabalho, algo que, segundo um em cada quatro entrevistados, ainda é negligenciado por muitas organizações e gestões.
Mas o que talvez mais surpreenda é que, em uma era de trabalho remoto, esses jovens parecem preferir o escritório. Dados do provedor de folha de pagamento Gusto, divulgados pela Inc., mostram que profissionais entre 20 e 24 anos têm menos probabilidade de optar pelo trabalho 100% remoto, comparados às gerações anteriores. Embora fatores como posição hierárquica possam influenciar, o estudo sugere que muitos jovens escolhem começar suas carreiras de forma presencial, buscando maior conexão e aprendizado direto.
Ainda, de acordo com a Indeed, 40% dos profissionais da Geração Z já ajudaram colegas mais velhos, entre 45 e 54 anos, com ferramentas colaborativas, enquanto cerca de um terço auxiliou funcionários ainda mais novos em tarefas rotineiras, como impressão.
Geração Z está reformulando o conceito de ambiente de trabalho
Ademais, muitos jovens, atualmente, se sentem confortáveis discutindo assuntos que antes eram tabu, como política, saúde e até o uso de cannabis, enquanto práticas como idas à academia durante o expediente (38%) e cochilos no horário de trabalho (21%) estão se tornando comuns.
Gabrielle Davis, especialista em tendências de carreira da Indeed, sugere que, para reter esses profissionais, líderes precisam repensar suas estratégias. “Ambientes abertos, flexíveis e acolhedores são essenciais para engajar a Geração Z”, afirma.
E as mudanças já estão acontecendo. Segundo o relatório, 42% dos jovens afirmam que são incentivados por seus empregadores a criar seus próprios horários, um reflexo da nova dinâmica que a Geração Z está trazendo para o mercado de trabalho.
“A Geração Z não está apenas entrando no mercado de trabalho, eles estão redesenhando-o”, conclui Davis.