Ter um negócio de sucesso e viajar pelo mundo é o sonho de muitas pessoas. No caso de Desislava Dobreva, 33 anos, virou realidade. A empreendedora fundou uma empresa enquanto era nômade digital — ela já conheceu cerca de 40 países, incluindo Tailândia, Guatemala, Itália, Romênia e Espanha. Hoje, vive em Londres, na Inglaterra, e trabalha de duas a quatro horas por dia em uma empresa que leva seu nome e ajuda outras pessoas a construir marcas de sucesso.
“Quando estudei branding, percebi que sua marca é seu bem mais valioso para toda a vida. Acho que a maioria não entende o quão poderosa é sua marca pessoal e eu realmente queria mudar isso”, afirma a profissional em entrevista ao Daily Mail.
A empreendedora relata que trabalhou cerca de 18 horas por dia para fazer sua empresa decolar depois da fundação em 2016. Segundo Dobreva, o negócio se tornou “bem-sucedido muito rapidamente”, tornando se um empreendimento de seis dígitos nos primeiros oito meses. O sucesso aumentou durante a pandemia de covid-19.
Dobreva nasceu na Bulgária em uma família da classe trabalhadora, em que muitos não tinham a possibilidade de viajar. Aos 22 anos, mudou-se para Dinamarca com o namorado para fazer um mestrado em gestão de marcas. “Meus pais basicamente faliram para me ajudar a concluir meus estudos e me permitir estudar na Dinamarca”, afirma a empreendedora, que morou dois anos no país. Neste período, ela conseguiu emprego como lavadora de pratos, trabalhou meio período como gerente de mídia social e começou a oferecer serviços como freelancer.
“Tinha uma autoestima muito baixa, então não achava que conseguiria ter um negócio. Porém, as pessoas começaram a me contratar para consultoria de marca e gerenciamento de mídia social”, diz a empreendedora, que cobrava US$ 8 por hora de trabalho.
Ela começou a levar seu negócio a sério durante uma viagem de esqui com um grupo de amigos na Suíça para comemorar a véspera de Ano Novo e se viu sem dinheiro. Tomou a decisão de se dedicar ao empreendimento para não ter mais que passar por apertos, como olhar preços no cardápio e não ter dinheiro para pagar uma passagem de volta.
“Eu trabalhava 17, 18 horas por dia para colocar o negócio em funcionamento porque eu não tinha ideia do que estava fazendo. Era muito intenso”, afirma.
Ela diz que não se incomodava com sua falta de base e estabilidade no início de sua jornada como nômade digital. Porém, isso começou a afetá-la quando ela se aproximava dos 30 anos.
Há quatro anos, a empreendedora se mudou para Londres. A empresa agora é composta por outros cinco membros. Dois vivem no Reino Unido, dois em Portugal e um na Índia. “Agora tenho uma equipe, trabalho talvez de duas a quatro horas por dia – alguns dias não trabalho. Não trabalho nos fins de semana.”
Desde então, seus pais disseram que ela é o “melhor investimento que já fizeram”.
Sobre seus planos para o futuro, a empreendedora diz que permanecerá em Londres por enquanto, mas sonha em visitar a África, e destaca o Quênia como um dos países que ainda deseja conhecer.