Funcionária de 65 anos era questionada frequentemente sobre plano de aposentadoria e teria sido informada de que cargo seria descontinuado

Uma empresa de manufatura e distribuição na Lousiana, nos Estados Unidos, chamada J&M Industries, foi condenada a pagar US$ 105 mil (o equivalente a cerca de R$ 520 mil) em salários atrasados e indenizações a uma funcionária demitida. Segundo o Business Insider, a profissional tinha 65 anos e se recusava a se aposentar, o que foi relacionado ao seu desligamento.
O processo foi movido pela Comissão de Igualdade de Oportunidades de Emprego dos EUA (EEOC, da sigla em inglês), que alegou violação às leis federais contra discriminação por idade ao demitir a funcionária, que não foi identificada. A lei norte-americana proíbe a discriminação de idade contra indivíduos com 40 anos ou mais.
Em comunicado enviado à imprensa, a EEOC informou que um gestor perguntava, repetidamente, à funcionária sobre seus planos de aposentadoria, à medida que ela se aproximava dos 65 anos de idade. De acordo com o documento, o gestor sugeria que ela devia se aposentar logo, por causa da idade.
Quando a funcionária respondeu que não tinha planos imediatos para parar de trabalhar, a empresa a informou que seu cargo de agente de compras seria descontinuado devido à incerteza econômica. Dessa forma, ela seria desligada da empresa. No entanto, segundo a EEOC, a J&M Industries contratou um homem, na casa dos 30 anos, para a mesma função que ela exercia.
A empresa informou ao jornal Miami Herald que a ex-funcionária não havia sido demitida por conta da idade, e que o novo colaborador, de 39 anos, tem “funções mais amplas e significativas do que ela”. A J&M ainda disse que os comentários feitos sobre planos de aposentadoria seriam “comentários aleatórios” ou estariam relacionados ao planejamento de sucessão.
A J&M concordou em pagar os US$ 105 mil para a ex-funcionária, além de fornecer treinamentos, revisar polícias e demonstrar relatórios regulares à EEOC.