Portal BEI

Empreendedoras cariocas apostam em brasilidade para criar marca de bolsas e objetos

Fonte: Redação

A arquiteta Bruna Chaves, 29 anos, tinha um trabalho formal quando percebeu que sua expertise sobre moda e design eram suficientes para alçar voo em uma empresa própria. Empreender jamais tinha sido uma opção. Ela foi estudar inglês nos EUA com a ideia de que cresceria lá, contruindo carreira. Mas o tempo nos Estados Unidos a despertou para outras possibilidades de monetizar seu talento e aumentar a renda.

“Eu não tinha uma referência de empreendedor, ninguém na família. Então, pra mim, a única chance era estar numa empresa. Esse era meu objetivo. Mas ao longo do tempo, vi que a remuneração podia ser maior, e pensei que o caminho pudesse estar mesmo do lado de fora”, diz.

Ao voltar para o Brasil, ela pediu demissão e abriu a BanCa, marca de design brasileiro, que ainda funciona na sala de casa. Junto à sócia, a economista Lívia Vieira, 27 anos, ela vende bolsas e objetos únicos, pintados à mão. No site das cariocas, é possível encontrar sacolas, penduricalhos e objetos como cadeiras de praia, pratos e copos. Atualmente, elas vendem cerca de 40 peças por mês, com valores que vão de R$ 39 a R$ 389. Uma bolsa no estilo tote, por exemplo, custa R$ 349.

A marca tem apenas alguns meses, mas já, a BanCa vem construindo uma comunidade própria. Primeiro, investiu no branding, focando em símbolos da cultura brasileira. Depois, começou a exibir as peças em feiras, além – claro – de redes sociais e um site próprio.

“A gente teve um retorno nas feiras, em relação ao stand e aos produtos, por ser tudo feito à mão e ter essa exclusividade, as pessoas davam esse valor, assim. Então a gente saiu da feira também com esse novo olhar, de que atraímos o público”, fala Chaves.

Comunidade incentiva criação e define presença da marca

Foi exatamente esta comunidade, até então formada por amigas e conhecidas, que fez deu tração ao voo de Chaves. Profissional de visual merchandising, viu alguns produtos não chegarem à prateleira, apesar de conquistarem os corações. Foi o caso de uma bolsa.

“Eu sempre fui da arte, só que eu nunca vi como algo a ser monetizado. Mas quando eu fiz essa bolsa, fez muito sucesso e eu me senti incentivada”, define.

“A marca veio por conta de uma história e de um público, de uma comunidade. E é um conselho para os empreendedores, [criar] a ideia de comunidade. [Com a BanCa], as pessoas já olham e identificam. Mas para o futuro, a gente quer ampliar esse conceito para cativar mais público, sem ficar estritamente associado a mim”, alerta Chaves.

Planejamento a longo prazo para evitar perdas

Oliveira cuida da gestão, da contabilidade e do planejamento da empresa. A ideia que as amigas abraçam e também dividem como conselho é: com destinos bem definidos, o caminho pode ser mais certeiro.

“Eu faço o papel de equilibrar, analisar e colocar o pé no chão ou no acelerador. É uma preocupação que tenho. Muitas empresas quebram porque crescem rápido demais. Porque quanto mais você cresce, mais caixa você vai precisar para fazer a empresa girar”, conta Oliveira.

Também por isso, elas acompanham de perto o estoque, para não gastar muito com produtos que vão vender depois de muito tempo. Afinal, precisam de dinheiro em caixa agora. Outro investimento é em tráfego pago, para alcançar pessoas “fora da bolha” que possam se identificar com a marca.

A ideia é que, a partir do segundo ano, a BanCa dê lucros suficientes para ser a única fonte de renda das empreendedoras. O objetivo final é dar a volta ao mundo com produtos que carreguem o design brasileiro.

“A gente tem sonhos muito grandes. Ser uma marca pequena nunca foi o nosso objetivo. Junto com a identidade e qualidade, esse é o nosso destaque”, define Bruna.

Compartilhe:

WhatsApp
Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest
Telegram
+ Relacionadas
Últimas

Newsletter

Fique por dentro das últimas notícias do mundo dos negócios!