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Empreendedor transforma hobby em negócio e fatura R$ 500 mil em 6 meses com aromatizadores

Fonte: Redação

O olfato sempre foi o sentido mais aguçado de Caio Murtinho. Apaixonado por aromatizantes, o empreendedor começou a criar os próprios produtos para diminuir seu gasto com aromas para casa. Incentivado por amigos, Murtinho decidiu fazer uma pequena tiragem para vender. Com o sucesso, em semanas, a ideia se tornou um negócio. Em seis meses de operação, a Aurum Aromas faturou R$ 500 mil.

Executivo de Recursos Humanos, Murtinho começou a produzir os próprios aromatizadores em fevereiro de 2023, quando se mudou para um apartamento maior e percebeu que, para comprar aromas de qualidade para toda a casa, gastaria cerca de R$ 1 mil por mês. Como uma tentativa de economizar, o empreendedor passou a estudar sobre produção artesanal e criou não apenas os próprios produtos, mas também fragrâncias exclusivos.

Com o tempo, alguns amigos de Murtinho começaram a fazer encomendas. Para facilitar a organização, o empresário decidiu produzir 30 unidades de uma vez e colocá-las à venda a preço de custo em um website batizado de Aurum Aromas. Duas horas depois de ir ao ar, as vendas já somavam R$ 5 mil reais.

“Quando vi, liguei para o meu noivo assustado. Não tinha nem a quantidade de produto suficiente para atender todos os pedidos. Comprei tudo o que precisava para poder fazer as encomendas, mas ainda deixei o site aberto e outras vendas foram rolando”, conta.

Ainda sem pretensão de transformar a produção em um negócio formal, o empreendedor decidiu deixar a carreira como gerente de Recursos Humanos por três meses com o objetivo de tirar um período de descanso. Contudo, logo após pedir demissão, ainda no trajeto de volta para casa, Murtinho avistou uma loja de rua para alugar no bairro de Pinheiros, em São Paulo. “Achei o lugar um charme, fiquei encantado. Era uma segunda-feira, na quinta eu já estava com a chave e decidido a abrir uma loja”, lembra o empresário.

A expansão do negócio

Um mês depois de começar a fazer os aromatizantes para amigos, Murtinho investiu R$ 20 mil para inaugurar a loja física em sociedade com o noivo, Diego Ferreira. Cerca de 20 dias após pegar a chave, com uma produção inteiramente artesanal, a loja faturou R$ 15 mil no primeiro dia de vendas.

Com o início da operação, o casal buscou as regulamentações necessárias para a venda de aromatizadores. “Quando abri a loja, identifiquei que a Anvisa precisava estar envolvida no processo de produção, validando e certificando o produto. Foi quando decidi buscar parceiros para terceirizar a fabricação das minhas receitas. Assim, conseguimos certificar nossa primeira linha, que tinha 12 itens, seis aromas de difusores e seis aromas de home spray.”

Atualmente, a Aurum Aromas conta com 62 produtos licenciados, todos criados a partir de receitas de Murtinho. Foi justamente a exclusividade dos aromas que levou o empreendedor a perceber que uma grande parcela da clientela preferia conhecer os produtos pessoalmente — as compras online são a opção mais frequente de quem já conhece os aromas.

Assim, os fundadores decidiram reinvestir o capital de faturamento em mais lojas físicas, com novas sociedades em cada unidade. Hoje, a empresa opera com cinco lojas próprias: duas na cidade de São Paulo, a matriz e uma unidade de shopping; uma em Araçatuba, no interior paulista; uma em Lauro de Freitas, na Bahia; e uma em Santarém, no Pará. Outras duas unidades de shopping, no interior de São Paulo, devem ser inauguradas ainda neste semestre.

A Aurum Aromas também trabalha com a venda em atacado para revendedores. Segundo Murtinho, as principais parcerias são com multimarcas de aromatizadores e lojas de decoração. Algumas unidades próprias também trabalham com a venda de peças de decoração assinadas por artesãos brasileiros.

Depois de atingir um faturamento de R$ 500 mil nos primeiros meses de empresa, a expectativa dos empreendedores é faturar R$ 1 milhão até o fim do primeiro semestre de 2024. Além das duas lojas que serão inauguradas, Murtinho espera abrir ao menos mais duas casas em parceria com outros sócios durante o segundo semestre. Em até dos anos, a projeção é investir em produção própria.

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