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Empreendedor conta por que acompanhar índices econômicos ajuda na gestão de seu negócio de cerveja

Fonte: Redação

O empreendedor Douglas Salvador, 46 anos, não perde de vista os indicadores financeiros que impactam seu negócio. Ele comanda desde 2010, em Curitiba (PR), o Clube do Malte, marca especializada no comércio online de cervejas artesanais e regionais não encontradas nas prateleiras de redes de supermercados.

Como 50% dos produtos são importados, as oscilações do dólar precisam ser acompanhadas de perto. Parte das cerca de 500 marcas comercializadas utiliza ingredientes que vêm de fora, como lúpulo e malte, e seus valores são afetados pelas altas da moeda americana. “As commodities influenciam bastante no preço dos produtos, como o vidro das garrafas e o papelão das caixas para transporte”, complementa Salvador.

O Clube do Malte tem mais de 12 mil assinantes no país, que recebem periodicamente kits de cervejas. Em 2018, realizou uma oferta pública via crowdfunding, captando R$ 1,5 milhão de 642 investidores, o que tornou possível o lançamento de nove cervejas de marcas próprias. Neste ano, lançou app e plataforma de vendas corporativas para pequenos e médios varejistas.

Economia:

Cinco anos atrás, Salvador trabalhava focado no dia a dia, acompanhando as vendas, até a entrada de grandes concorrentes, como Ambev e Heineken, o que possibilitou o acesso mais fácil do consumidor a cervejas especiais com preços acessíveis.

O empreendedor se viu obrigado a fazer um planejamento detalhado para enfrentá-las. “Passamos a montar demonstrações contábeis e nos preocupar mais com receita bruta, despesas, Ebitda, total de pedidos e entrada e perda de assinantes.” Há dois anos, iniciou um processo de expansão e incluiu indicadores como retorno por investimento e por assinante. Para ter informações mais precisas, ele lança neste mês a primeira fase de um app com tecnologias de machine learning e inteligência artificial. O investimento de R$ 300 mil foi feito com recursos próprios.

A meta para 2024 é tentar uma nova captação de R$ 700 mil, visando aprimorar o aplicativo, que permitirá a inclusão de um sistema de recomendação de acordo com o perfil de consumo, e iniciar a internacionalização. A previsão de faturamento para o próximo ano é de R$ 25 milhões.

Esta reportagem foi publicada originalmente na edição de setembro da revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios.

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