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Elas criaram uma deeptech para ajudar quem tem doenças como Alzheimer e Parkinson

Fonte: Redação

A medicina busca desenvolver tratamentos menos invasivos para reduzir os riscos das cirurgias e possibilitar a recuperação mais rápida de pacientes. Essa é a missão da deeptech Orby, que criou um sistema para a neuromodulação não invasiva e a automação da reabilitação funcional de pessoas com doenças como Alzheimer e Parkinson ou que sofreram lesões medulares, traumas e acidentes vasculares cerebrais.

São dois aparelhos. O Audionics, destinado a pessoas com deficiência auditiva, é um conjunto de fones conectados à internet e com inteligência artificial embarcada que configura parâmetros digitais automaticamente. Já o eletroestimulador Ortech conta com um sistema de controle e um software de monitoramento e acompanhamento de protocolos de tratamento que auxiliam na recuperação motora.

Fundada pelas empreendedoras Duda Franklin, 24 anos, Aldrén Martins, 26, e Kalynda Gomes, 21, a empresa está sediada em Natal (RN) e tem planos ambiciosos. “Neste ano, estamos cuidando da regulamentação, mas 2024 será um divisor de águas, porque nos colocará numa posição estratégica no mercado”, diz Franklin.

Depois de receber investimento do Black Founders Fund, do Google for Startups, cujo valor não é revelado por questões contratuais, ela tem como principal objetivo contratar seis profissionais seniores para se juntarem à equipe atual de 11 funcionários, todos jovens.

Franklin quer também obter a aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e do FDA, órgão americano que regula medicamentos e equipamentos de saúde, para fazer parcerias com hospitais e clínicas com o objetivo de serem testadores beta dos produtos. Dessa forma, será possível desenvolver soluções com usuários.

Como uma falha no planejamento pode comprometer a sustentabilidade da empresa, os sócios acompanham vários indicadores. O primeiro é a inflação, que provoca o aumento de custos e diminui a capacidade de financiar projetos. Outro impacto é a maior dificuldade para captar aportes financeiros, uma vez que os investidores são cautelosos em cenários de economia instável.

startups:

Um possível aumento de tributos também é monitorado. “Para não sofrermos com isso, buscamos reduzir o máximo possível de hardware e assim alcançarmos o menor custo.” Como parte dos componentes são importados, seguir as oscilações do dólar e do euro é fundamental.

Para 2024, a equipe sinalizou um alerta para uma eventual crise global de componentes eletrônicos. Além de elevar o preço e provocar a escassez desses insumos, isso pode aumentar os custos de produção. Para driblar o desafio, pretendem buscar novos fornecedores, procurar tecnologias alternativas e formar um estoque estratégico.

Esta reportagem foi originalmente publicada na edição de setembro da revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios.

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