Quando nasce o desejo de empreender? Para o casal carioca Marianna Ferolla, na época com 23 anos, e Diogo Zaverucha, 28, a vontade veio em 2014, durante uma viagem para a Ilha de Boipeba, na Bahia. Os dois, então estudantes, se encantaram com uma tapioca que era vendida à beira da praia e começaram a testar receitas em casa para reproduzir o que tinham experimentado. Hoje, Ferolla comanda a marca Tapí Tapioca & Açaí que conta com 10 lojas, sendo cinco franquias, e em 2023 faturou R$ 9 milhões.
A jovem explica que sempre viu a tapioca como um produto versátil, que funciona para todas as horas do dia. “Uma opção de lanche para todos os momentos, e precisava ser a estrela principal do negócio que estava surgindo na época”. Entretanto, Ferrolla queria sair da tradicional tapioca com manteiga ou com queijo e presunto.
Com um tíquete médio de R$ 33, a marca tem em seu cardápio sete opções de tapiocas doces e 20 salgadas, com recheios como salmão defumado, queijo brie, carne seca e pasta de berinjela. A rede também oferece açaí, vindo diretamente do Pará, e adoçado com melado de cana e banana, com opção de adicionar cinco acompanhamentos: banana, morango, mel, granola e farofa de castanhas.
“Eu fiquei encantada com a barraquinha que vendia tapiocas fininhas e crocantes na beira da praia e como vim de uma família de empreendedores, meu pai já trabalhava na indústria de lacticínios, eu sentia que meu chamado era para dar continuidade a essa veia empreendedora da família”, conta a jovem.
Fundada em 2014, com investimento inicial de R$ 10 mil, emprestados do pai de Ferrolla, tudo começou em um food truck alugado. Nos dois primeiros anos, os empreendedores faziam eventos no Rio de Janeiro. Em 2016, veio o primeiro quiosque e uma loja no aeroporto internacional RiOgaleão. Um ano depois, montaram a loja de rua, com 35 metros quadrados, localizada no Leblon, bairro nobre da capital fluminense. O food truck foi descontinuado completamente em 2020.
“Nós queríamos testar um modelo mais comercial, então resolvemos abrir uma loja de 50 metros quadrados no centro do Rio. Para nossa surpresa, foi um sucesso. E aí vimos que a marca tinha um potencial enorme”, conta.
Assim como para muitos empreendedores, a pandemia também foi um desafio para a jovem, que precisou reestruturar e fazer modificações em seu modelo de negócio.
“Nós achamos melhor fechar nossas duas unidades no Galeão, tirar o quiosque do shopping e aproveitar os equipamentos para abrir lojas de rua. Percebemos que era ali que as pessoas estavam circulando”, comenta Ferrolla. “Eu brinco que não fechamos loja, de seis, fomos para seis, só mudamos de endereço. Com isso, a Tapí conseguiu sobreviver à pandemia com o seu próprio caixa”, acrescenta.
Em 2022, a marca entrou para o franchising, com apoio do Grupo Arcca. A primeira franquia foi vendida um ano depois e, agora, em 2024 a Tapí chegou à capital paulista, maior vitrine nacional do setor.
Franquias:
Em 2023, a empresa faturou R$ 9 milhões e a previsão é que feche 2024 com uma receita de R$ 12,6 milhões, sendo que 45% vem do delivery. Já para o próximo ano, com o objetivo de atingir o marco de 25 lojas, o grupo planeja focar somente no Rio de Janeiro e em São Paulo. Porém, já vem recebendo propostas para a região Sul.
Para ser um franqueado da Tapí, o empreendedor precisa fazer um investimento de R$ 387 mil, incluso taxa de franquia, estoque inicial e capital de giro. Por enquanto, a marca oferece somente um formato de franquia, que é a loja de rua com 45 metros quadrados, com uma projeção de retorno entre 25 e 35 meses e uma margem de lucro de 12% a 15%.
