Depois de viralizar com o doce Isso Não É Uma Banana, o chef Diego Lozano, fundador do Levena, restaurante localizado em São Paulo (SP), decidiu apostar em outros produtos inspirados na criação para impulsionar a Páscoa deste ano no lugar dos tradicionais ovos. São quatro sabores diferentes, além de uma versão de bombom, da sobremesa. A expectativa é que os itens rendam um faturamento de R$ 1 milhão ao restaurante, um crescimento de 50% em relação à Páscoa de 2024.
O sucesso veio no final do ano passado, depois que Lozano, que também é jurado do MasterChef Confeitaria, decidiu brincar com o conceito por trás da obra de arte “Comediante”, do artista conceitual italiano Maurizio Cattelan, que ficou conhecida como ‘a banana mais cara do mundo’. O doce, que combina mousse de coco, geleia de maracujá, biscuit de amêndoas e crocante de coco e imita o formato de uma banana, já fazia parte do cardápio do Levena, mas com a popularidade da obra, o chef decidiu fazer uma referência à arte.
As vendas da sobremesa saltaram de uma média de 200 a 300 unidades no mês para até cinco mil, no auge das buscas. Atualmente, Lozano afirma que são vendidas cerca de 3 mil unidades mensalmente. “Isso é uma prova do poder do produto e de fugir do convencional. Para a Páscoa, estou apostando na mesma coisa. Acredito no potencial de viralizar”, diz o chef.
A coleção de Páscoa – chamada de Bananas Me Mordam – conta com versões de 330 g (de R$ 200 a R$ 230, a depender do sabor), caixa de bombons (R$ 135) e um drink (R$ 58). Os sabores incluem recheios de ganache de banana, ganache de pistache, caramelo salgado e pedaços de banana.
Além das novidades pensadas para a Páscoa, Lozano está expandindo a sobremesa Isso Não É Uma Banana com uma linha de produtos homônima. A primeira aposta é o drink Isso Não É Um Negroni. De acordo com o chef, o objetivo é usar o Levena como uma incubadora para o projeto, que poderá seguir como um novo negócio quando a linha contar com um portfólio de cerca de 30 a 50 itens.
“No Levena, posso testar as ideias, já que temos um fluxo de clientes muito grande, o que é legal para poder entender o que o público gosta, o que vende ou não. A partir disso, conseguiremos formar essa linha mais robusta e certeira para poder seguir, de repente, com um ponto físico para isso”, aponta. O empresário afirma que, até agora, aproximadamente R$ 100 mil foram investidos no projeto. O capital foi direcionado sobretudo para a criação de um branding próprio para a marca, o que inclui a criação de embalagens específicas para a linha.
Os planos para este ano ainda incluem a inauguração de um segundo ponto físico do restaurante em São Paulo, prevista para o segundo semestre. Em 2025, o chef projeta um faturamento entre R$ 17 milhões e R$ 20 milhões com o Levena, o que equivale a um crescimento de cerca de 30% em relação ao último ano.
