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Depois de um alongamento frustrado, ela virou especialista em mega hair e hoje fatura R$ 700 mil

Fonte: Redação

A história do Rainha do Mega Hair, salão focado em extensão capilar aberto em 2020 na cidade de Guarulhos, Grande São Paulo, só existe porque a cabeleireira Ingrid Desirée transformou sua paixão em negócio. O fascínio pela técnica, porém, surgiu diante de uma adversidade: a empreendedora tentou ficar loira, enfrentou queda de cabelo, apostou no alongamento dos fios e, insatisfeita com o resultado, resolveu se especializar. O empreendimento fechou 2023 com faturamento de R$ 700 mil e espera crescer 25% neste ano.

Desde a adolescência, Ingrid Desirée dava sinais do seu dom brincando com os cabelos das bonecas da coleção da avó. Aos 15, ganhou das tias um curso básico, no Senac. Encantada com o que poderia fazer, não parou mais. Verdade é que, a princípio, não conseguiu atuar na área porque não tinha idade suficiente. Por isso, fazia trabalhos mais braçais, como limpeza e lavagem de cabelos, o que lhe garantia alguns trocados.

Lá pelos 18 anos, quis ficar loira e tentou um método caseiro. Não deu certo, e os fios começaram a cair a ponto de o problema ser visível. Em estado depressivo pelo visual, resolveu optar por um mega hair. “Na época, era feita a extensão do tipo fio a fio. Era muito cara e, mesmo assim, saía muito rápido ou os fios não grudavam tanto, ficava artificial. Eu não acreditava que não havia um método melhor”, comenta.

Mulheres empreendedoras:

Mais ou menos na mesma época, conseguiu um emprego na rede Jacques Janine, onde ficou por quase duas décadas. Foi pela empresa que começou a viajar para o exterior e a participar de cursos variados — na Argentina, frequentou a Academia Llongueras; na França, estudou com o visagista Claude Juillard, fez aulas na Dessange Hair Academy, com Franck Provost, e na famosa L’oréal Paris, entre outras; na Inglaterra, aprendeu na Toni & Guy e Vidal Sassoon.

O megahair que tanto lhe interessava também foi motivação para cursos, como nos italianos Eurosocap e Great Lengths. Também foi estudar nos Estados Unidos. “Me especializei em técnica de queratina, ponto americano, ponto arabesco, microlink, perucas, apliques, tic tac, invisível, fio a fio”, enumera.

Ingrid chegou a estar à frente de unidades franqueadas do Jacques Janine, em São Paulo e Manaus. Também teve salão próprio no bairro Higienópolis, na capital paulista. Quando veio a pandemia, ela decidiu trocar de endereço e abrir o empreendimento em Guarulhos.

Em julho de 2020, depois de ter investido cerca de R$ 50 mil na compra de uma sala comercial e na estrutura do Rainha do Mega Hair, começou a atender a clientela que a acompanhava, tendo ajuda de só uma funcionária. Atualmente, conta com três auxiliares e uma manicure. O público é 100% feminino.

Negócios de beleza:

“Ao montar o salão, já era uma cabeleireira bem conceituada, com uma freguesia fixa. Tenho clientes que estão comigo até hoje. Na época, estávamos em plena pandemia, quando as pessoas começaram a se cuidar, a se preocupar com a autoestima. E o mega hair fazia isso por elas. Mais ainda: as sequelas da covid deixavam os cabelos mais frágeis, fazendo com que muitas mulheres me procurassem para auxiliá-las a resolver esta questão”, diz.

O mega hair custa, em média, R$ 6 mil em produtos para o cabelo. São cobrados mais R$ 800 de mão de obra. A manutenção a cada dois meses sai R$ 700. Ingrid explica que a definição da técnica a ser adotada e o valor do investimento são bastante relativos e estão relacionados entre si e a outros fatores.

“Ao escolher extensões capilares, é necessário considerar o tipo de cabelo natural da cliente, a textura desejada, o valor a ser investido e o nível de manutenção que ela está disposta a dedicar, de acordo com seu estilo de vida. A qualidade e a procedência do cabelo são fatores determinantes para garantir que as extensões tenham uma aparência natural e durem mais tempo”, pontua a especialista, que trabalha com materiais suecos, russos e brasileiros.

No primeiro ano de atividades, o Rainha do Mega Hair teve um faturamento médio de R$ 20 mil por mês. No segundo, R$ 30 mil por mês e em 2022, algo em torno de R$ 60 mil mensais, média que se repetiu no ano passado.

Produtos da linha exclusiva de Ingrid Desirèe — Foto: Divulgação
Produtos da linha exclusiva de Ingrid Desirèe — Foto: Divulgação

Nos dois últimos anos, o salão registrou o faturamento de R$ 700 mil. Para impulsionar o negócio, Ingrid decidiu investir em uma linha própria de cuidados capilares para quem tem mega hair que inclui shampoo, condicionador, máscara capilar, máscara matizadora, escova detangler, shine hair e thermal protector.

Para o futuro, a empreendedora pretende dar cursos para compartilhar seu conhecimento, lançar uma plataforma online e expandir com outras unidades. Visando alcançar os 25% de crescimento estimados para este ano, a empreendedora tem investido no desenvolvimento de novas técnicas, bem como de produtos diferentes para a linha de hair care.

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