A Uppo, banco digital de benefícios para funcionários, foi fundada no início de 2020, um mês antes do início da pandemia. Num primeiro momento, os empreendedores Vanessa Poskus, 46 anos, Vinicius Jorge, 37, e Daniela Rebouças, 27, pensaram que seria um golpe mortal na empresa que começava a dar seus primeiros passos.
O planejamento financeiro e estratégico feito durante os seis meses anteriores foi abandonado e refeito na sequência, o que deu a eles mais segurança em relação aos ajustes que precisariam ser realizados.
“Tínhamos faturamento e, diferentemente do que pensávamos, não perdemos clientes”, conta Poskus. “A única coisa que mudou foi a curva de fechamento de contratos, que passou a levar mais tempo.” Pesou a favor terem programado começar com uma equipe enxuta, o que manteve os custos sob controle.
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A experiência mostrou para o trio que até mesmo um planejamento feito num cenário caótico e imprevisível é melhor do que nenhum. Tanto que fazem reuniões quinzenais para alinhamento e revisões trimestrais para rever as estratégias para o restante do ano.
Sediada em São Paulo, a Uppo definiu como prioridade o aumento da sua equipe, hoje com nove funcionários – há outros três baseados na Índia. A ideia é contratar um executivo de negócios e profissionais para a área de TI e para o atendimento. A previsão é chegar a 25 pessoas até o fim de 2024.
Além disso, adianta Poskus, estão criando um board com pessoas experientes do mercado para serem conselheiras. “Elas nos ajudarão a atingir as metas e a olhar para o futuro.” A ideia é que não recebam salário, mas tenham um percentual da empresa quando os objetivos forem atingidos.
Recentemente, a startup, que oferece aos clientes cartão de benefícios, clube de vantagens e programa de pontos com direito a prêmios, captou R$ 1,25 milhão. O planejamento para o próximo ano prevê investimentos no aprimoramento do app e no desenvolvimento de produtos.
Para 2024, Poskus planeja investir em ações de in-bound marketing para atração e retenção de clientes. A previsão é fechar este ano com um faturamento de R$ 1,8 milhão e saltar para R$ 6 milhões no seguinte.
Esta reportagem foi publicada originalmente na edição de setembro da revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios