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Como Natalia Beauty tem convencido clientes a criar conteúdo de graça para promover sua marca

Fonte: Redação

Empresária foi uma das palestrantes do primeiro dia do Gramado Summit, no Rio Grande do Sul, e contou por que tem apostado mais em publicações feitas por consumidores e funcionários do que em influenciadores digitais


Natália Martins, CEO da Natália Beauty Group
Natália Martins, CEO da Natália Beauty Group — Foto: Divulgação

Com 11,7 milhões de seguidores só no Instagram, a empreendedora Natália Martins, conhecida como Natália Beauty, afirma que a busca pela autenticidade é o que diferencia as marcas nas redes sociais. “Temos buscando humanizar o conteúdo. Usar os colaboradores da marca, em postagens espontâneas, gera conexão com o público. Conteúdo com funcionários engaja oito vezes mais do que com celebridade e influenciadores”, afirmou, durante o primeiro dia da 7ª edição do Gramado Summit, evento que acontece na Serra Gaúcha até o fim desta semana.

De acordo com ela, esse dado comprova a tendência da busca por autenticidade e conexão no que ela chamou de “terceira era do consumo” — a primeira consistia apenas na venda de produtos e serviços e a segunda passou a identificar jornadas de consumo e experiência. “As pessoas querem fazer parte de algo maior, de um movimento”, diz.

Um passo recente que Martins deu para humanizar ainda mais o conteúdo compartilhado é aderir à tendência do UGC (User Generated Content, ou conteúdo gerado pelo usuário, em tradução livre), que consiste na criação de conteúdo espontâneo, feito por clientes reais das marcas.

Natalia Martins, fundadora da Natalia Beauty, durante o Gramado Summit 2024 — Foto: Divulgação
Natalia Martins, fundadora da Natalia Beauty, durante o Gramado Summit 2024 — Foto: Divulgação

Martins conta que identificou essa tendência há cerca de cinco meses, e para fomentá-la criou um braço dentro da companhia, o Nathalia Beauty Creators (@nataliabeauty.creators), que tem o objetivo de orientar as clientes a melhorarem o conteúdo. “Chamei uma UGC, propus um trabalho para ela gerenciar meu programa de UGCs dentro da empresa”, diz, em entrevista a PEGN.

As clientes são estimuladas a visitar as lojas e a enviar avaliações dos serviços. “Se o conteúdo ficar bom, ela recebe 30% de cashback no próximo procedimento”, afirmou, durante o evento. Martins explicou a PEGN que utiliza o conteúdo para ajudar a gerar tráfego nas páginas. “Converte muito mais [do que influenciadoras]. Elas têm um padrão e aprendem isso”, diz.

A empreendedora adianta que essa iniciativa tem como objetivo se especializar nessa frente e, no futuro, criar um curso focado em UGCs. “Acredito muito nisso, e já tem ajudado muitas empresas”, diz.

3 dicas para viralizar um conteúdo

Durante o painel, a empresária afirmou acreditar que existem duas formas de viralizar um conteúdo: acidentalmente ou com estratégia. Para se apoiar na segunda opção, ela compartilhou um guia de três passos que costuma utilizar:

  1. Antecipação (equivalente a 70% da estratégia): Planejar a narrativa; identificar a dor; problematizar a situação; utilizar dados para reforçar tese; e curtir comentários do post anterior.
  2. Conteúdo (10%): Fazer a postagem em si; interagir nos stories compartilhados; e separar os primeiros 15 minutos para interação.
  3. Call to action (20%): Reforçar o CTA com a audiência, com intencionalidade.

* O jornalista viajou a convite do Gramado Summit

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