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Como escolher o seguro ideal para sua empresa e evitar surpresas

Fonte: Redação

Entre os desafios enfrentados por pequenas e médias empresas (PMEs) está o de proteger o negócio contra imprevistos. Incidentes podem levar a gastos além do planejado — ou até causar o fim do empreendimento. Os seguros são ferramentas que evitam prejuízos incontornáveis.

“Se os principais riscos do negócio não estão cobertos, existe a chance de fechamento caso algo grave aconteça”, alerta Rodrigo Pedroni, diretor da corretora Innoa Seguros. “Imagine um restaurante que custou R$ 1 milhão para abrir e sofre um incêndio que destrói 70% do espaço. Sem seguro, é bem provável que ele encerre suas operações, perdendo todo o investimento inicial.”

Os riscos empresariais podem ser divididos em três categorias, enumera Pedroni: patrimonial, colaboradores e responsabilidade. O risco patrimonial se refere a equipamentos, estoque e matéria-prima, especialmente em empresas de produtos. O de colaboradores envolve despesas médicas e indenizações. Já o risco de responsabilidade envolve danos a terceiros, como clientes, vizinhos ou fornecedores.

Os principais tipos de seguro para PMEs

Empreendedores podem escolher entre diferentes tipos de seguro, de acordo com as necessidades do negócio. Daniela Paschoal, professora da FIA Business School e especialista em gestão de riscos, destaca os mais recomendados:

  • Seguro empresarial: protege o patrimônio, como imóveis, estoques e equipamentos
  • Seguro de responsabilidade civil: cobre danos a terceiros, incluindo clientes, vizinhos ou fornecedores
  • Seguro de vida para colaboradores: cobre despesas médicas e indenizações para os colaboradores
  • Seguro de riscos cibernéticos: protege contra ataques virtuais, uma ameaça crescente no cenário digital
  • Seguro D&O (Directors and Officers): protege gestores em processos relacionados a decisões administrativas
  • Seguro E&O (Erros e Omissões): focado em empresas de serviços especializados, cobre custos de defesa e indenizações por falhas

O que influencia o custo do seguro?

O valor do seguro varia conforme o tipo de negócio, localização e histórico de sinistros. “Uma indústria pequena pode pagar entre R$ 5 mil e R$ 10 mil por ano por um seguro de incêndio, enquanto uma empresa de serviços pode ter um custo bem mais baixo”, afirma Pedroni.

“Se for um seguro de responsabilidade, a seguradora analisa o tipo de atuação, o faturamento da empresa e a concentração de clientes. Já o seguro de vida para colaboradores costuma ser bem baixo. E varia de acordo com as idades das pessoas”, acrescenta.

Emerson Nagata, superintendente executivo da Brasilseg, empresa da BB Seguros, afirma que a seguradora avalia quais medidas preventivas as empresas já possuem implantadas, como sistemas de proteção contra enchentes e incêndios. “Essas empresas recebem uma precificação diferente, com valores mais baixos. Além disso, clientes que não tiveram sinistros durante a vigência do seguro podem obter descontos na renovação.”

Como evitar erros ao contratar um seguro?

Uma das principais falhas dos empreendedores é não compreender as cláusulas da apólice. “É essencial ler as condições gerais do seguro e preencher o questionário de avaliação de risco de forma realista. Caso contrário, a seguradora pode negar a indenização”, alerta Pedroni. Os contratos podem ter cláusulas de “perda de direitos”, por isso é importante entender quais situações fazem o empresário perder o direito de indenização.

Além disso, é necessário revisar as coberturas periodicamente para garantir que elas continuem adequadas ao momento do negócio. “É essencial avaliar a franquia [valor pago pelo segurado quando há um sinistro] e o limite de indenização para garantir cobertura adequada em caso de sinistro. Também vale verificar a vigência, carência e serviços adicionais da apólice, como assistência técnica”, diz Paschoal.

Marcelo Biasoli, Country Manager da 123Seguros, alerta que é possível ajustar o valor da franquia, a extensão geográfica da cobertura e as condições de pagamento. “A flexibilidade do seguro pode ser um ponto decisivo para as PMEs, permitindo que elas escolham o que realmente precisa estar coberto e ajustem o custo de acordo com o risco real da empresa.”

Em caso de sinistro, o que fazer?

O processo padrão começa com a comunicação imediata à seguradora assim que o sinistro ocorre. Em seguida, explica Biasoli, é necessário registrar a ocorrência, apresentar toda a documentação solicitada e, se possível, fornecer imagens ou vídeos do evento.

“A seguradora fará uma análise detalhada do caso e, dependendo da apólice, pode haver a necessidade de perícia. Após a verificação, caso o sinistro esteja coberto, a indenização será liberada conforme os termos acordados. “O importante é garantir que a PME tenha uma comunicação clara com a seguradora e mantenha a documentação organizada”, afirma.

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