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Com mais de 70 anos de história, restaurante árabe de SP vende 75 mil esfihas por mês

Fonte: Redação

A história do Mussa Esfiha, restaurante de culinária árabe em São Paulo, teve início há mais de 70 anos. O empreendimento surgiu em 1951, no quadrilátero do Mercado Municipal, na região central da cidade, com os irmãos Antônio, Elias e Abdala Mussa. Ao longo das sete décadas, o negócio expandiu sua atuação e hoje vende mais de 75 mil esfihas por mês.

Liderado por uma nova geração da família, tem à frente Stephanie Montagnani Moyses (CFO), 30 anos, e Waldir Montagnani Moyses (CEO), 32, netos de Abdala. Também irmãos, os sócios atuais conseguiram impulsionar o crescimento em 300% no último ano.

“O Mussa sempre focou muito em estratégias de marketing e na construção de parcerias sólidas para o negócio. Ainda focamos em um estudo de entendimento profundo da necessidade de nossos consumidores e adaptação rápida às novas dinâmicas no mercado, como o delivery”, justifica o CEO Waldir.

Uma das principais ações adotadas para fortalecer a presença no mercado foi a ação com influenciadores. “Através do envio de nossos produtos, buscamos não apenas promover a visibilidade da nossa marca, mas também estabelecer um relacionamento de confiança e colaboração com esses criadores de conteúdo”, acrescenta Stephanie. Tais iniciativas, garantem os sócios, permitiram alcançar um público mais segmentado e engajado.

O restaurante conta atualmente com cinco unidades na capital, localizadas nos bairros Tatuapé, Perdizes, Vila Mariana, Santana e Campo Belo, sendo a última dedicada exclusivamente ao delivery.

A aposta nas entregas foi um dos fatores determinantes para a expansão da marca. “A empresa, no começo, estava muito voltada para as vendas presenciais. Com o tempo, percebemos uma mudança no comportamento do consumidor, que passou a preferir as entregas em casa”, relata Waldir.

Mais opções de sabores e negócios

Atualmente, o delivery (próprio e por aplicativos) representa cerca de 80% das vendas. Isso levou a empresa a abrir a primeira dark kitchen no ano passado (unidade Campo Belo).

A variação do negócio também levou a dupla a fechar parcerias estratégicas, como com o Backstage Mirante, tanto no Allianz Parque como no Morumbis Pop Up, e com o open food de esfihas nos eventos que acontecem nos estádios.

Fachada da Mussa Esfiha em Santana, na Zona Norte de São Paulo — Foto: Divulgação
Fachada da Mussa Esfiha em Santana, na Zona Norte de São Paulo — Foto: Divulgação

Para os sócios, o crescimento teve outro fator de impulsionamento: a inovação no cardápio, que mescla sabores clássicos, oferecidos há 70 anos (em torno de 90% das opções) com apostas para atrair consumidores novatos.

Um exemplo é a recente collab com a rede de cookies Mr. Cheney, presente em diversos shoppings e bairros paulistas, cuja parceria rendeu o lançamento da esfiha doce sabor pistache, ofertada por tempo limitado.

“Apesar de prezar pela tradição, sempre tentamos introduzir mais sabores no cardápio. Assim, atraímos novos clientes sem deixar de agradar os clientes fiéis”, pondera Stephanie.

As esfihas são o carro-chefe da casa, responsáveis por 90% do faturamento, com 45 itens salgados e 8 doces. A de carne, de muçarela, de frango com catupiry e de calabresa com catupiry são as mais pedidas. Do restante do menu, o quibe frito entra na lista de queridinhos dos clientes.

Esfihas salgadas custam, em média, R$ 12,99 (de R$ 10,99 à R$ 16,50) e as doces variam de R$ R$15,99 a R$ 16,99. O quibe frito custa R$ 11,99, e o com catupiry, R$ 12,99. Pratos adicionais oferecidos incluem beirute (R$ 39,99), entradas como babaganush, coalhada seca e homus (R$ 10 cada) e quibe cru (R$ 27,99 a meia porção), entre outros.

De olho no futuro – e nas franquias!

Com o crescimento acelerado, os planos para o futuro envolvem a expansão para outros estados pelo modelo de franquias. “Nos próximos dois anos, queremos ampliar nossa presença e dobrar nossa equipe — atualmente são 60 colaboradores. A entrada no mercado de franquias e a expansão das dark kitchens serão fundamentais para isso”, aponta o CEO.

De acordo com ele, a Mussa Esfihas está realizando um estudo detalhado sobre diferentes formatos de franquias para identificar o modelo que melhor se adapta à estratégia de expansão.

“Embora ainda não tenhamos uma definição, já estamos avaliando e negociando cuidadosamente as opções disponíveis, levando em conta tanto as necessidades do mercado quanto a viabilidade de cada modelo para garantir um crescimento sustentável e de qualidade”, argumenta.

A unidade de Santana, maior da rede, se destaca pelo espaço físico disponível, mas a dark kitchen de Campo Belo lidera o faturamento, que não é divulgado pelos empreendedores.

A ampliação de parcerias estratégicas com empresas está igualmente no radar dos sócios. “Vemos oportunidade no fornecimento de alimentação para eventos de grande porte e estamos focados em atender eventos corporativos e reuniões, fornecendo soluções personalizadas para lanches e refeições ao longo do dia”, finaliza o CEO.

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