Chamado de Elemind, o dispositivo oferece uma abordagem tecnológica e não invasiva para ajudar pessoas com dificuldades de dormir
Os cientistas David Wang e Ed Boyden, ambos formados pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), desenvolveram um dispositivo inovador que promete ser uma alternativa eficaz aos medicamentos para dormir. A faixa de cabeça Elemind, como é chamada, oferece uma abordagem tecnológica e não invasiva para ajudar pessoas com dificuldades para adormecer.
Com um design discreto, que lembra os produtos da Apple, o dispositivo funciona como um eletroencefalograma (EEG), enviando ondas de áudio ao cérebro para sincronizar as regiões cerebrais e facilitar o sono.
Em testes, segundo o site Good News Network, o Elemind demonstrou resultados promissores: indivíduos com insônia conseguiram adormecer entre 10 e 15 minutos mais rápido ao usar o dispositivo. O projeto também explora benefícios além do sono, como o potencial de retardar o declínio cognitivo.
“Queríamos oferecer uma opção não química para pessoas que buscam um sono de qualidade sem efeitos colaterais,” explica Meredith Perry, CEO da Elemind. “Imaginamos que muitos se beneficiariam deste dispositivo, seja uma mãe que amamenta e quer evitar medicamentos, um viajante combatendo o jet lag ou alguém que quer melhorar o desempenho no dia seguinte”, acrescenta.
Inicialmente, a equipe focou no uso de estimulação elétrica transcraniana para tratar a síndrome do tremor essencial, mas acabou mudando o foco para o sono — uma área menos regulamentada e com grande potencial. “Nossa teoria é que o som emitido pelo Elemind desencadeia uma resposta auditiva que estimula o córtex auditivo e interfere em outras regiões do cérebro,” detalha Wang.
Alguns usuários chamam o dispositivo de ‘bloqueador cerebral’, ideal para aqueles que têm pensamentos acelerados antes de dormir. Com o slogan “coloque seu cérebro no Não Perturbe”, o Elemind promete um descanso mais profundo. O preço do aparelho nos Estados Unidos é de US$ 350 (aproximadamente R$ 2 mil).