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CEO de startup viraliza ao defender jornada intensa para funcionários:

Fonte: Redação

Daksh Gupta, fundador da Greptile, afirmou que sua empresa não oferece nenhum equilíbrio entre vida pessoal e profissional


Daksh Gupta, fundador da Greptile
Daksh Gupta, fundador da Greptile — Foto: Reprodução

Uma recente publicação nas redes sociais de Daksh Gupta, fundador da Greptile, startup de tecnologia voltada à detecção de bugs com IA, colocou mais lenha na fogueira do debate sobre o equilíbrio entre vida pessoal e profissional em ambientes de startups. Gupta, 23 anos, residente em São Francisco, nos Estados Unidos, defendeu abertamente um ambiente de trabalho de alta intensidade e pouca flexibilidade para seus funcionários. A postagem feita na última sexta-feira (9/11) acumula mais de 1,5 milhão de views.

No X, Gupta descreveu o perfil de colaborador que busca: “Quero pessoas que não apenas tolerem, mas que desejem essa intensidade.” Segundo ele, muitos de seus contratados vêm de grandes empresas de tecnologia, onde sentiam-se “maltratados e entediados.”

Em sua publicação, ele ainda detalhou que a Greptile não oferece “nenhum equilíbrio entre vida pessoal e profissional”. Na startup, a jornada de trabalho usual se estende das 9h às 23h, com atividades aos sábados e, ocasionalmente, domingos. “Deixo claro o ambiente de alto estresse e a intolerância a trabalho ruim”, escreveu Gupta, frisando que expõe essas condições já nas entrevistas para que os candidatos saibam o que esperar.

A postagem rapidamente viralizou, gerando ampla discussão. No Reddit, a publicação de Gupta atraiu opiniões mistas. “Pelo menos ele avisa os candidatos antes,” disse um usuário, enquanto outros questionaram a ética e a sustentabilidade de um ambiente de trabalho tão exigente. “Sua equipe seria mais produtiva com uma vida fora do trabalho,” criticou um internauta. Para alguns, a honestidade de Gupta foi bem-vinda. “Prefiro transparência a ser surpreendido com jornadas de 100 horas semanais,” pontuou um usuário.

Apesar da repercussão negativa, Gupta manteve sua posição. “Não me incomodo com o que dizem. Já fui chamado de burro e ouvi que minha startup não daria certo. Prefiro ser claro ao descrever o ambiente como ‘sem equilíbrio entre vida pessoal e profissional’ e ‘alto estresse’ para atrair quem realmente quer isso.”

Segundo a Newsweek, o Global Life-Work Balance Index 2024, divulgado pela Remote, posiciona os Estados Unidos em 55º lugar entre 60 países, destacando a pouca preocupação com o equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Em contraste, países como Nova Zelândia e Dinamarca se destacam por políticas que promovem o bem-estar dos trabalhadores e jornadas mais curtas.

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