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Cebis destaca potencial econômico do bambu e reforça a importância de investir nesta cadeia produtivaCebis destaca potencial econômico do bambu e reforça a importância de investir nesta cadeia produtiva

Fonte: Redação

A maior floresta de bambu nativo do mundo é brasileira e possui potencial econômico capaz de impulsionar a economia, promover a sustentabilidade ambiental e beneficiar comunidades rurais. No entanto, obstáculos como a falta de uma cadeia de fornecimento estruturada e o desconhecimento técnico impedem o país de explorar tudo o que o produto pode oferecer.

Existem no Brasil em torno de 200 espécies de bambu, encontradas com maior variedade na Floresta Amazônica e Mata Atlântica. Pelo crescimento rápido e alta produção, a planta gramínea se destaca como grande potencial econômico e fonte de renda para os agricultores familiares. Mas muitos produtores encontram dificuldades para plantar e cultivar o produto por falta de recursos e de conhecimento sobre as técnicas utilizadas para processar o vegetal.

Segundo dados da Cebis, o país importa atualmente quase 30 milhões de dólares em produtos derivados do bambu, apesar de possuir a maior reserva global do produto.

“O Brasil precisa transformar essa riqueza natural em oportunidades de negócios, trazendo inovação e sustentabilidade para o mercado interno”, afirma Katiane, Presidente da Cebis , Centro Brasileiro Inovação e Sustentabilidade.

A planta movimenta cerca de US$68 bilhões anualmente no mercado global, com aplicações em indústrias como construção civil, móveis, tecidos, papel e energia. Mas, em terras brasileiras, o cultivo e uso da planta permanecem subdesenvolvidos, dificultados pela falta de apoio governamental, de linhas de crédito e pela limitada percepção cultural sobre seu valor econômico.

De acordo com Katiane, para que o Brasil aproveite plenamente seu potencial no segmento, é fundamental que haja uma orientação política clara, incentivo ao setor privado e investimentos em pesquisa e desenvolvimento. Com esses esforços, o país poderá transformar o bambu em um motor de crescimento econômico sustentável, alinhado às práticas de preservação ambiental.

Uma das iniciativas da Cebis é o programa Manoel Querino, realizado em parceria com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), que visa promover a capacitação e qualificação de profissionais na região Amazônica para o manejo do bambu.

Conforme Katiane explica, o projeto foca na introdução de técnicas inovadoras e sustentáveis, preparando os participantes para enfrentar os desafios do mercado nacional e internacional.

“Além de impulsionar a empregabilidade, a iniciativa contribui para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e promove um modelo de crescimento que respeita a biodiversidade local, em sintonia com as metas ambientais globais, como as discutidas na COP 30, conclui Katiane.

O mercado internacional do bambu tem ganhado cada vez mais relevância.A versatilidade do bambu o torna um recurso valioso, utilizado em setores como construção, indústria têxtil e, mais recentemente, como uma alternativa sustentável ao plástico. Com sua ampla disponibilidade e potencial econômico, o bambu desponta como uma solução para desafios ambientais globais, China e Índia, os maiores produtores mundiais, somam juntas mais de 10 milhões de toneladas de bambu produzidas anualmente. Recentemente, a China, que possui mais de 7 milhões de hectares cultivados, 18 bilhões de pés de bambu, lançou uma iniciativa que visa substituir o plástico pelo bambu até 2025, alinhada aos esforços globais de combate ao aquecimento global e mudanças climáticas A iniciativa, conduzida pela Administração Nacional de Florestas e Pastagens, pretende não apenas melhorar a eficiência dessa troca, mas também fomentar o desenvolvimento de um sistema industrial ainda robusto, que abrange o cultivo, processamento e expansão de mercado do bambu.

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