Brasil cria 1,4 milhão de empregos com carteira assinada em 2023. Número é menor que o registrado em 2022

Fonte: Redação

O mercado formal de trabalho fechou o ano passado com a criação de 1,483 milhão de empregos, considerando contratações menos demissões. O resultado representa queda de 27% em relação ao registrado em 2022, quando os novos postos com carteira assinada atingiram 2,037 milhões, segundo dados consolidados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério do Trabalho nesta terça-feira. Foi a menor geração de empregos desde 2020, no auge dos efeitos da Covid-19.

Em dezembro, mês tradicionalmente negativo para emprego formal devido aos desligamentos de trabalhadores temporários no fim de ano, foram fechadas 430.159 vagas com carteira assinada. No mesmo período de 2022, foram eliminados 431.011 postos, saldo negativo que sobe para 455.544, considerando ajustes, declarações prestadas por empresas fora do prazo.

Do total de empregos criados no ano passado, 255.383 se referem a contratos de trabalho atípicos, com a predominância de trabalhadores com menos de 30 horas semanais e intermitentes, modalidades criadas pela reforma trabalhista.

Setor de serviços puxa geração

Segundo o Caged, o emprego com carteira assinada no ano passado foi puxado pelo setor de serviços, que respondeu por 886.256 postos. Os subsetores que mais contrataram foram informação, comunicação, financeiro, imobiliário, atividades administrativas, serviço público e educação e saúde.

O segundo maior crescimento do emprego formal ocorreu no comércio, com um saldo de 276.528 postos, com destaque para o setor varejista, supermercados, minimercado e venda de combustíveis para veículos.

Já a construção civil, um dos setores mais dinâmicos da economia, ficou em terceiro lugar com a 158.940, seguida pela indústria, com saldo positivo de 127.145 postos e agropecuária, com 34.762.

Os estados que mais contrataram foram São Paulo, com saldo positivo de 390.719 postos, Rio de Janeiro, 160.570 e Minas Gerais, que respondeu por 140.836 contratações.

Em dezembro, salário médio real de admissão foi de R$2.026,33, com leve redução de R$ 6,52 quando comparado com o valor corrigido de novembro (R$ 2.032,85).

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