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Black Friday: 7 erros mais comuns em live commerces e como evitá-los

Fonte: Redação

Faltam 21 dias para a Black Friday, uma das datas mais importantes para o varejo. Mas como se destacar entre tantas empresas e promoções? Para especialistas consultados por PEGN, o live commerce pode ser uma opção. Afinal, essa é uma estratégia que o empreendedor pode usar para ganhar exposição, construir uma comunidade e mostrar mais detalhes e funcionalidades do seu produto. No entanto, é preciso ter cuidado para não cometer erros que podem minar o investimento.

A estratégia, que ganhou relevância na pandemia, consegue unir o comércio eletrônico com a transmissão ao vivo e cada vez mais vem sendo adotada por grandes empresas e marketplaces. O AliExpress, por exemplo, tem o formato em sua plataforma desde 2021. Inclusive, no próximo 11.11, uma das principais datas para a marca, o live commerce, em parceria com influenciadores, será uma das grandes apostas para aumentar as vendas dos lojistas.

Já a Shopee tem mais de 200 mil lojistas habilitados para o live commerce em sua plataforma. A estratégia foi adotada em 2022 e, segundo a marca, hoje são mais de 1 mil lives realizadas diariamente. “Este é um fenômeno global que vem crescendo cada vez mais no Brasil. Vemos como um potencializador de vendas tanto para grandes marcas, quanto para as pequenas que vendem dez vezes mais em dias com lives”, conta Rodrigo Farah, head de marca e live commerce da Shopee.

Abertura de empresas:

Para Eder Max, consultor de negócios do Sebrae-SP, a estratégia também pode ser adotada por pequenos negócios. De acordo com ele, o live commerce permite uma conexão direta e ao vivo com o público, criando uma experiência interativa, que pode aumentar significativamente a conversão.

“Ao contrário das lojas físicas ou sites tradicionais, o live commerce permite que os empreendedores interajam, tirem dúvidas em tempo real e demonstrem os produtos de maneira personalizada, o que gera mais confiança e engajamento. Além disso, o custo para realizar uma live é relativamente baixo, tornando essa estratégia acessível para negócios menores”, destaca Max.

Eduardo Yamashita, COO da Gouvêa Ecosystem, ecossistema de consultorias para varejo e consumo, pondera que antes de definir se o live commerce é um formato válido para datas especiais, como a Black Friday, pequenos e médios empreendedores devem fazer testes para entender onde e como seu público deseja ser atendido.

“Existem diversas maneiras de alcançar esse público digitalmente, seja por meio de lives ou modelos de CRM, utilizando inteligência de dados. O mais importante é que esses empreendedores compreendam os fundamentos do live commerce e sua eficácia em outros países, correlacionando-os com o perfil de seu público e de seu negócio”, comenta o especialista.

Para aproveitar todo o potencial do live commerce na Black Friday, os especialistas separaram sete erros comuns que todo empreendedor precisa evitar. Confira:

1. Não fazer o roteiro

Entrar em uma live sem um roteiro ou planejamento claro pode ser muito perigoso e fazer com que o conteúdo pareça desorganizado e pouco profissional. Então, o recomendado é criar um roteiro com os tópicos principais e as mensagens-chave a serem comunicadas.

2. Não testar equipamentos e a conexão de internet antes

Falhas técnicas são muito comuns e podem acabar prejudicando a experiência do público. Então, o recomendado é que o empreendedor teste o microfone, luz e a conexão antes. Além disso, tenha cuidado com as músicas usadas durante a live, tanto pelo volume, quanto pelos direitos autorais.

3. Exagerar nas promoções

Oferecer descontos exagerados pode prejudicar a margem de lucro e criar uma expectativa de preços sempre baixos. O recomendado é que o empreendedor defina ofertas atrativas, mas sustentáveis para o negócio, mantendo os descontos em um nível que não comprometa a margem de lucro.

4. Não interagir com a audiência

Ignorar perguntas e comentários ou ter uma atitude distante pode afastar os espectadores que estão ali. Então, lembre-se de conversar, perguntar o que estão achando e quais produtos querem ver. Esse é o momento de conhecer sua audiência. Aproveite para perguntar a região, idade e como conheceram a marca.

5. Não conhecer o público-alvo

É importante considerar o horário e o dia da semana em que seu público estará mais disponível para assistir à live. No início pode ser difícil, então vá fazendo testes até entender o comportamento do seu consumidor.

6. Utilizar várias plataformas

Hoje em dia o empreendedor pode fazer live em várias plataformas, seja por marketplaces como Shopee, Shein, AliExpress ou por redes sociais como Instagram e TikTok. Mas, o ideal é que tenha uma como principal para que o consumidor saiba onde procurar. Entretanto, antes de decidir qual, é importante saber onde seu público está e qual oferece mais benefícios, seja financeiros ou pela facilidade do uso.

7. Criar lives em cima da hora

O ideal é que o empreendedor promova lives com antecedência e crie um senso de urgência — como oferecendo descontos especiais para quem assistir. Dessa forma, o cliente poderá se planejar para assistir a live e a marca ainda conseguirá atrair um público maior. Além disso, o uso de influenciadores locais e a criação de um conteúdo autêntico que ressoe com o público-alvo também contribuem para atrair mais pessoas.

Mesmo que ainda não esteja tudo 100%, o importante, para se destacar, é tentar e testar. Maurício Felício, professor de comunicação e publicidade da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), explica que os próprios algoritmos das plataformas estão privilegiando negócios que produzem conteúdos.

“Por mais que você acredite que o seu ambiente não é o melhor do mundo, que a sua iluminação não é a melhor do mundo, é preferível que você tente e convença o algoritmo e a plataforma de que você é mais relevante do que os seus concorrentes, do que você ficar só naquela foto tradicional do produto esperando ele fazer a venda”, destaca o especialista.

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