A marca de alta coquetelaria APTK Spirits acaba de inaugurar sua primeira unidade franqueada, no shopping Center Norte, em São Paulo. A loja vem na esteira das cinco operações próprias que a marca vinha tocando nos últimos anos para desenvolver o negócio de franquias. Mais cinco novas unidades, entre lojas e quiosques, comandadas por franqueados, devem ser inauguradas até o final de agosto na capital paulista, Brasília, Belo Horizonte e Porto Alegre. A novidade foi antecipada a PEGN.
De acordo com Luiz Paulo Foggetti, CEO e sócio da Small Batches, dona da da APTK, a ideia é que a expansão ajude a aumentar o alcance das bebidas mais elaboradas, que hoje são mais restritas a bares, restaurantes e hotéis – a própria APTK Spirits desenvolve a base para coquetéis de cerca de 3 mil pontos de venda, incluindo a rede Coco Bambu e o hotel Rosewood, em São Paulo, por exemplo.
A experiência das franquias deve refletir o que tem sido oferecido nas lojas próprias: um portfólio com 28 bebidas, vendidas em cerca de 170 SKUs diferentes, por conta de diferentes formatos e tamanhos, além de itens próprios para mixologia. As lojas também devem oferecer degustações e experiências. O tíquete médio tem sido em torno de R$ 270.
De acordo com Foggetti, a missão da marca tem sido fazer com que o brasileiro dê uma chance para os drinks mais elaborados, como deu para o vinho, ao longo dos últimos anos. “Está sendo delicioso mostrar para um Brasil cervejeiro a graça de ter um drink [preferido]”, diz. A APTK é conhecida por trabalhar com drinks engarrafados, como Negroni, Martini e Cosmopolitan, além dos autorais, assinados por Alexandre D’Agostino, sócio-fundador e mixologista.
A pergunta “qual é o seu drink?” é utilizada para tentar identificar o quanto o consumidor está familiarizado com o tema. Se a resposta não for assertiva, os atendentes promovem uma imersão para ajudar o cliente. “Sempre tentamos, desde o começo, fazer essa experiência bem presente seja na trilha sonora, no atendimento e na degustação”, conta o empreendedor.
Além das experimentações, a marca tem se posicionado como uma opção presenteável, com collabs e coleções limitadas. Algumas das últimas colaborações envolveram drinks com garrafas cravejadas com pedras Swarovski e o envio de bebidas com flores, em parceria com a Giuliana Flores, por exemplo.
Uma outra aposta recente foi investir em “brasilidades” dentro do mix, com sabores como Caju Amigo e Caipirinha engarrafada. Todos os drinks passam pelo crivo de D’Agostino.
O processo de formatação para franquia durou cerca de seis meses, com testes nas cinco operações próprias que a marca já tinha. O investimento inicial para quiosques é a partir de R$ 300 mil e para lojas é de R$ 500 mil. Até o final do ano o plano é de ter 22 lojas em operação, e chegar a 30 no ano que vem.
“Nunca fizemos propaganda da franquia. Queríamos trazer alguém apaixonado pela marca, com boa circulação entre as classes A e B, que é o nosso público-alvo, e que fique presente na operação”, comenta Foggetti.
A ideia é que as franquias trabalhem com 90% de produtos exclusivos, não vendidos em outros canais. Atualmente, o e-commerce já representa 18% da receita da marca. “Nos permite chegar em lugares em que ainda não temos lojas”, diz. No ano passado, a APTK faturou R$ 65 milhões e projeta chegar a R$ 80 milhões neste ano.
A marca está em franca expansão. Além das franquias, uma nova loja própria será inaugurada em breve, na região do Largo da Batata, em São Paulo. O espaço terá coquetéis e também refeições.
