A contabilidade consultiva, de acordo com o desembargador Alexandre Victor de Carvalho, tem se consolidado como uma abordagem estratégica essencial para empresas que desejam crescer de forma estruturada e segura. Diferente do modelo tradicional, focado apenas no cumprimento de obrigações fiscais e contábeis, esse formato propõe uma atuação mais próxima da gestão empresarial, com foco em planejamento, análise de indicadores e suporte à tomada de decisão. No entanto, para que essa atuação seja eficaz e sustentável, é indispensável considerar os aspectos jurídicos envolvidos, especialmente diante das constantes mudanças na legislação brasileira.
A importância da segurança jurídica na atuação consultiva
A contabilidade consultiva lida diretamente com decisões que têm impacto legal e financeiro para as empresas, como planejamento tributário, reorganizações societárias, estruturação de investimentos e distribuição de lucros. Por isso, o respaldo jurídico é imprescindível. Sem a devida observância das normas legais, mesmo as melhores estratégias contábeis podem se transformar em fontes de risco e passivo.
O desembargador Alexandre Victor de Carvalho, com ampla experiência no Judiciário, destaca a crescente necessidade de diálogo entre os profissionais da contabilidade e do Direito. Para ele, a governança eficiente deve ser construída sobre bases contábeis sólidas e juridicamente respaldadas, o que se torna ainda mais relevante em ambientes empresariais dinâmicos e tecnologicamente integrados.
Responsabilidade do contador e impactos legais
Na contabilidade consultiva, o profissional assume uma posição mais ativa na definição de estratégias, muitas vezes participando da gestão de riscos, precificação de produtos e estruturação de operações. Isso amplia sua responsabilidade legal, principalmente quando suas recomendações impactam diretamente obrigações fiscais, societárias e trabalhistas.
Nesse sentido, Alexandre Victor de Carvalho chama atenção para o papel cada vez mais relevante do contador como agente de governança. Segundo ele, o profissional contábil moderno precisa estar atualizado não apenas com normas técnicas, mas também com marcos legais, como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), a reforma tributária e o Código Civil. Essa compreensão integrada evita litígios e fortalece a posição das empresas em auditorias e fiscalizações.
Planejamento tributário e estrutura societária
Uma das áreas mais sensíveis da atuação consultiva é o planejamento tributário. A escolha entre lucro real, presumido ou simples nacional, por exemplo, deve considerar não apenas os números, mas também as implicações legais da atividade exercida e da composição societária. Um equívoco nessa decisão pode gerar autuações e prejuízos consideráveis.
A reestruturação societária, outra atividade comum na contabilidade consultiva, também exige análise jurídica cuidadosa. Mudanças na participação de sócios, constituição de holdings ou fusões e incorporações devem ser feitas com base em pareceres legais para evitar fraudes, conflitos internos ou questionamentos por parte de autoridades fiscais.
Alexandre Victor de Carvalho reforça que a integração entre contabilidade e Direito é indispensável nesses processos. Ele observa que muitos litígios empresariais poderiam ser evitados com uma atuação conjunta e preventiva dessas áreas, o que demonstra a importância de equipes multidisciplinares na gestão dos negócios.
Conformidade regulatória e imagem institucional
Empresas que desejam se destacar no mercado precisam demonstrar solidez não apenas nos resultados financeiros, mas também na conformidade com normas legais. A contabilidade consultiva, nesse contexto, deve ser um instrumento de organização, transparência e governança.
Auditorias internas, mapeamento de riscos, relatórios contábeis compatíveis com as exigências legais e políticas de compliance são medidas que elevam o nível de confiança de investidores, clientes e órgãos reguladores. E isso só é possível com atenção rigorosa às regras jurídicas que regem cada setor.
De acordo com Alexandre Victor de Carvalho, a reputação empresarial está diretamente ligada à forma como a empresa lida com suas obrigações contábeis e legais. Para ele, o mercado valoriza instituições que atuam com responsabilidade, ética e previsibilidade, características cada vez mais exigidas em um cenário de alta competitividade e regulamentação intensa.
Proteção do negócio e continuidade empresarial
A contabilidade consultiva, quando bem estruturada e amparada juridicamente, é um dos instrumentos mais eficazes para proteger o negócio. Ela permite identificar vulnerabilidades, antecipar riscos, reduzir custos legais e garantir a continuidade das atividades mesmo em momentos de crise.
Contadores e juristas que atuam em sinergia criam uma estrutura robusta de gestão, baseada na legalidade, na previsibilidade e na eficiência. Essa é a chave para a sustentabilidade empresarial no longo prazo.
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